27.12.10

MUDANÇA

Não vou mais pra São Luis. Ao menos nos próximos seis meses.


E o motivo?


Se 15 pessoas me perguntarem aqui (o q acho impossivel), eu até respondo. Caso contrário, vão ficar só na curiosidade mesmo. À turma 2010/2 de Odonto, só um recado: "vão ter que me aturar por mais uns meses"
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24.12.10

'NÃO GOSTO DO NATAL. FATO'

Se eu colocasse a seguinte frase no perfil de meu MSN, “Gosto muito do natal”, a probabilidade de alguém me perguntar o 'por que' seria ZERO. Digo isso sem medo de errar (ano que vem eu faço o teste).
Natal pra mim tanto faz, nem cheira nem fede. Até uns três natais atrás eu até apreciava a data, apesar de nunca ter conseguido entrar no tal clima. Mas hoje (não me pergunte por que) tanto faz.

Mas ai me meti a colocar a frase “Não gosto do Natal. Fato” no perfil do MSN e fiquei on line o dia todo pra ver no que ia dar. E o resultado foi o seguinte: dos 16 “amigos” com quem dialoguei, 12 perguntaram o por que que eu não gostava do Natal. Ou seja, 75% das pessoas provavelmente se importam com o fato de você não gostar do Natal. Afinal, quem é doido de não gostar de ganhar presentes, de receber energias pseudo-positivas, de ter a família reunida, de... sei lá, ter um momento de pura pseudo-felicidade.

As 12% que não tocaram no assunto provavelmente não estão nem ai pro que você gosta ou deixa de gostar (num sei se isso é bom ou ruim).

Agora eu faço a pergunta: “Por que você gosta do Natal?”. Não precisa responder. Apenas pense. E será exatamente isso que importa em sua forma de celebrar a data.

Mas pra não passar em branco, faço questão de registrar meu protesto contra o carniceiro espirito consumista que domina a ocasião. Isso sem falar de como as pessoas ficam todas cheias de caridade, de sorrisos e tudo mais, mas nada como o dia seguinte para o tal espírito morrer (ou ser matado). Mas no fundo no fundo a maioria tá é certa mesmo; afinal à isso chamam de “espírito natalino”, e pela lógica só deve durar o Natal mesmo, senão se chamaria sei lá... de “espírito anual”, ou algo parecido (pura hipocrisia, ao meu ver).


No mais, Felicidades!!

22.12.10

SURDO PRA INSPIRAÇÃO

Tô sem tempo e inspiração. Até tenho uns textos incompletos pra por na roda, mas não passam de textos incompletos, e por isso não servem. Tô em processo de mudança (de novo) e uma correria só no percusso Imperatriz - São Luis - Imperatriz. Resumindo: tô surdo pra inspiração.

Aproveito e indico o blog do Will Leite, que desenha umas tiras bem descoladas. Aliás, é bem melhor beber da fonte do que de uma tubulação. Não entendeu? essa foi a intenção. Entendeu? parabéns, você entende as coisas.

Hasta la vista!

15.12.10

MEU VELHO MAIS VELHO

Dezembro é o mês em que o povo fica mais velho lá em casa. Ontem (14/12) foi a vez de meu velho. E eu muito queria ter em mente algo bacana pra dizer sobre seu Nonato. Tô sem inspiração. Mas vale a tentativa.

Primeiro parabéns a dona Francisca de Abreu que sentiu muitas dores durante seu parto e o amamentou e o educou de forma sábia. Parabéns também ao seu Manoel José (in memoria) que o educou de forma primorosa, fazendo com que ele desmanchasse e refizesse uma cerca sempre que não tinha nada pra fazer (história dele).
 

Quanto ao meu pai: foi com ele que vivi as melhores pescarias, as melhores viagens as melhores caronas. Com menos de 13 anos eu já cuidava direitinho de suas transações bancárias. Eu era o segurador de escada oficial dele, quando ia trocar uma lâmpada ou fazer uma instalação elétrica qualquer na igreja ou vizinhança. Eu tava lá quando uma vizinha o chamou pra salvar seu gato de estimação que tava engasgado com uma guerra de peixe. Achava o máximo quando ele ia nos visitar no internato e sempre levava Guaraná Jesus.
Outro fato aparentemente insignificante é o fato de que ele sempre comprava nossos roupas e fiquei empolgadão quando ele nos levou (eu e o Preto) para escolhermos pela primeira vez uma roupa (escolhi uma camiseta Win azul marinho). Me lembro com riqueza de detalhes quando ele nos surpreendeu após o pôr do sol com uma bicicleta lá pelos fins dos anos 80 (ou inicio dos 90). Era o máximo viajar no tanque da moto.
O seu Nonato era conhecido pela sua disciplina. Lá em casa eu acho (e o resto da família) que fui o que mais apanhei (minha irmã tá no páreo), mas sou grato (no sério) por cada surra que levava sempre que brigava todo dia na escola, que saia sem avisar, que ia cumprir uma missão e voltava sem a ter cumprido pelo simples fato de ter encontrado uma bola no caminho. A maior surra que me lembro foi quando tirei uns trocados do dízimo pra comprar um tão sonhado estilingue. 

O primeiro livro que ganhei dele foi “Assim começa a vida”; a dele já chegou nos 48.

Tá, isso aqui não foi o que poríamos definir como um texto inspirador, mas é de coração.

9.12.10

VERGONHA MINHA

Quando criança a gente é submetido a cada presepada. Na verdade, na ocasião não chegava a ser presepada; muito pelo contrário, tudo não passava de um modo, digamos, amoroso de os nossos pais darem uma atenção especial a nós, os filhos. E outra, a gente nem dava tanta importância assim pra essas coisas.

Esses dias encontrei na internet umas fotos antigas minha que um indivíduo tratou de publicá-las, o nome do dito é William (um camarada com quem dividi algumas aventuras com seu irmão). Dai eu baixei algumas e fiquei analisando cada uma delas. Fiquei imaginando como seria eu e meu irmão hoje sentados no sofá de casa, um com a mão encima da mão do outro, com a cabeça tortinha e se entreolhando com um leve sorriso no rosto, ambos arrumadinhos com roupas criteriosamente iguais. E... flash. Triste, muito triste. Mas seria mais triste ainda se resolvesse colocar na roda a dita cena. Mas tenho certeza que estragaria seu dia, então deixa pra lá.

...é, eu também concordo que a moda dos anos 90 não era tão caridosa, assim como a atual não será daqui a 10 anos, e assim sucessivamente. Mas miudando o causo, veja bem: minha mãe dirigia um grupinho infantil que era uma coisa a parte. A gente fazia o maior sucesso na cidade e região. Isso mesmo; re-gi-ão. No inicio não tinha uniforme (a gente chamava de farda, na época). Então era aquela coisa farofada.
 E antes que perguntem, não tô no meio desse bolo não.

Mas ai entramos na era dos uniformes, e de cara começamos com os famosos coletinhos. Era o básico; calça preta, camisa branca, e o colete preto.
Parece muito, mas o 3º elemento orelhudo não sou eu. Sério.

A medida que a molecada ia crescendo os coletes eram abandonados e evoluímos só pra calça preta e camisa branca. Isso pelas quebradas de 93, 94. Mas pelos meados de 96 evoluímos para a fase extrema da coisa. Era uma calça meio verde meio azul e uma camisa amarela desbotada. Mas tinha uma gravata, e a bicha que era o detalhe inescrupuloso da situação; a bendita acabava BEEEEEM antes de chegar no umbigo.  
O bigodudo lá atrás é o seu Nonato, e eu não sai na foto pq tava doente em casa

Tirando o Preto, a cara de felicidade do resto parece que refletia bem o sentimento involuntário para com a cosia toda. Pois bem; depois voltamos a incorporar os tais coletinhos, mas dessa vez a cartada foi radical; tudo vinho. Não tenho nenhuma imagem da situação, mas dar pra se ter uma noção do troço.
E no final das contas, depois que eu já tinha caído fora, veja só quem voltou a fazer sucesso entre as pré-adolescentes de São Pedro da Água Branca?
O pequeno espremido no meio é o indivíduo q rebulinou os arquivos e pôs na rede. E o menos pequeno é o irmão dele, Wilker. E eu num tô de novo.


29.11.10

COM O CINTO NA MÃO

Eles não podiam absorver a forte vento que vinha de um enorme ventilador que ficava na entrada do temeroso lugar. Essa era apenas uma, das milhares de regras estranhas que ditavam o comportamento daquela  sociedade. Mas a curiosidade foi maior e em minutos se podia ver aqueles dois franzinos corpos indo lugar a dentro.

O ambiente era úmido, escuro e todo o resto combinava com a pintura marrom-avermelhada das paredes das minúsculas casas, aparentemente sem telhado. Cada uma delas era separada por cortinas e as moscas dividiam cada centímetro com os cães. Não parecia haver morador, mas vez ou outra dava pra ver vultos de seres os mais estranhos que se possa imaginar. Não que fossem extremamente diferentes da normalidade, mas eram estranhos.

Pouco a pouco os dois iam descobrindo os hábitos dos moradores do local. Primeiro foi a constatação que comiam alumínio, depois concluíram que as crianças fumavam normalmente, dava pra ver os tocos de cigarros espalhados por todo lado, principalmente à beira das camas e berços. E quando já não suportavam mais as sucessivas estranhas descobertas, decidiram que aquela era a hora de saírem. De repente apareceu-lhes uma moradora. A vermelhidão do local se refletia em cada palmo de seu curvado corpo. Tinha uma aparência fria, era vesga, tinha um só dente, e quase não tinha cabelo; e o restinho que insistia em permanecer ali era forçadamente amarrado, o que não evitava a rebeldia de outros tantos. O vestido sem costura que usava parecia ter sido banhado de sangue e escanchada em sua cintura trazia uma criança, segura apenas por um dos braços. A pergunta foi fria e seca:

- O que vocês faz aqui? Deve tá falano mal de nosso lugar, né?

   De pronto, o mais corajoso respondeu:

- Não. Muito pelo contrário, estamos admirados com a forma heroica que vocês conseguiram se desligar da violenta civilização.

Mal as palavras saíram da boca, empreenderam retirada da forma mais veloz que já se tem noticia.
Na saída, todos esperavam ansiosos por noticias. E lá no final da multidão os dois avistaram o seu Nonato e a dona Vilma, cada um com um cinto na mão.

E foi aí que eu acordei.

26.11.10

Coisas qui a genti nunca isqueci...

A genti nunca isqueci de fexar a tanpa do vazo.
A genti nunca isqueci de estender a tualha.
A genti nunca isqueci de tirar a cueca do banhero.
A genti nunca isqueci de disligar a lâmpada quando sai.
A genti nunca isqueci de tirar o sapatu antis de entrar.
A genti nunca isqueci de fexar a porta quando entra ou sai.
A genti nunca isqueci de ligar pra muier.
A genti nunca isqueci de limpar a pia depois de fazer a barba.
A genti nunca isqueci de bater na porta antis de entrar.
A genti nunca isqueci as fatídicas normas de portugueis.

O que mais qui a genti nunca isqueci?

22.11.10

MANIA. QUEM NÃO TEM?

Arte (q num tem nadaver com o tema): Will Leite
Tá ai uma coisa que todo mundo tem. Alguns tem de menos, outros de mais e tem os que são a mania em pessoa. Eu, por exemplo, tenho 799 no mínimo. É só passar um minuto comigo que dar pra perceber facilmente minha mania de rato. Eu mexo tudo no rosto; nariz, boca, olhos, sobrancelhas, e já tô evoluindo pras orelhas. E dependendo do grau da saia justa a qual sou submetido, o troço fica mais intenso ainda.

Mas por aqui, eu não tô só nesse barco. Quer ver? A Eliane, por exemplo, tem mania de fechar os olhos quando rir, já a Jack tem mania de biquinho, a Rafaela teima demais, a Thais fala mexendo nas cutículas, a Brenda não consegue esperar pra namorar em casa (vai na porta da faculdade mesmo), o F. Rhuan tem mania de "tipo assim", o Thiago de "discrepância", a Núbia de "ôôô amiga...", a Deybla de "dar só na cara" e a Perpétua de "silêêêncio geente". Mas o Sérgio... ah mas o Serjão - um cara largo, mas muito gente fina que tem o coração do tamanho do carro (cabe muuuuuuita gente) - tem mania de soprar. Isso mesmo, ele se sopra todo. Sopra as mãos, os dedos, as unhas, os braços, a barriga. Dar pra ver facilmente o Serjão atento à aula na posição “machão educado Bocejando”, e ai pode ter certeza; ele tá soprando. Só não sei se ele sopra os pés, isso ainda não vi. Mas o resto... E quando a sala tá excessivamente gelada? Enquanto todo mundo se encolhe, o cara segue sua saga. Nada é páreo para o sopro do Serjão.

Mas tudo não passa de mania. E por ai? Que mania lhe consome?

20.11.10

17.11.10

DIA 17 É DIA DE ANIVERSÁRIO

Não. Eu não tô fazendo aniversário. E se fosse o caso, o post seria recheado de lamento ou seria uma página em branco. Já disse o motivo aqui.

O/a aniversariante do dia são MinHaS vaRIaÇÕeS INViolÁvEis.

No dia 17 de novembro de 2009 eu publiquei a primeira postagem em uma sala escura, úmida, cheia de ácaros e de papel, muito papel. Foi nessa mesma sala que nasceu o blog e desde o inicio as pretensões são as mesmas; nenhuma. Ele nasceu com uma cara diferente , cheia de tijolos na lateral e de quadrinhos de papel ao meio. Mas depois de um erro no IE ele ganhou uma cara azulada, mais simples e a partir de hoje tá com essa ai que vocês tão vendo.

A nova roupagem começa com o cabeçalho, menos poluído e com um sobrenome menor. Depois, tem esses quatro botões um pouco mais a baixo do cabeçalho que trazem algo a respeito do blog, do dono do blog e de quem passa pelo blog. O texto de cada página não é fixo. Conforme vou me lembrando de coisas a respeito dos temas eu vou acrescentando. Isso vale para as visitas. Já o fantoche aí do lado sou eu em homenagem a camisa amarela. Nada mais que isso.

Em resumo, esta é a 52ª postagem, a intenção é que venham mais pela frente. Quanto as visitas, houve um progresso e tanto (creditem). Até agora foram 1.001 visitas e 27 comentários. Pense então pelo lado de que no primeiro dia não havia nenhum.

13.11.10

FALTOU ZERO. 799 SERVE?

Meus cinco quase leitores já devem tá sabendo. Até meus 20 anos eu dizia com peito estufado, todo orgulhoso e cheio da razão que só casaria lá pelos 35 anos. 21, 22, 23, 24 e...

...eu vou casar!!! 

Essas caras não refletem bem a emoção que a noticia requer. É que é a única foto do HD que tem o dedo amarrado.

Já tem data marcada e tudo. Inicialmente eu e Lisly planejamos o atentado todo sem cerimonia ou festa. A ideia era só uma humilde lua de mel de 8 noites em Fortaleza. Mas sabe, né? A ideia vai amadurecendo, a pressão externa também e por ai vai. Na verdade na verdade a gente sempre quis fazer uma festa, mas a calculadora não deixava. A maldita insistia em sovinar zero. Não precisava ser, tipo, 3 zeros ou mais; bastava um, só mais um. Mas deixa pra lá, a gente acabou concordado com ela, ela entende dessas coisas de zero.

Mas ai tem o velho ditado: “é melhor ter 799 amigos do que nome limpo na praça” (é isso?). Pois bem (tô abusando, eu sei), a calculadora perdeu e agora vai ter cerimônia com festa e tudo. Não vai ser uma coisa do tipo, noooooooossa que festança!!! vai ser uma festa apenas. Nada mais. E a culpa disso tudo é do Preto e Cia. Não do fato de “...ser uma festa apenas”, mas do fato de que “vai ser uma festa...”. E entre ter uma festa de grátis mas sem ordem e ter uma festa paga mas com ordem, é claro que, convenhamos, é bem melhor pagar pra ter um serviço de qualidade. E se não convenhamos, o problema não é meu. Não sou que que vou pagar R$ 20,00 pra assistir uma baita de uma cerimônia (hãn?) e comer a vontade numa baita de uma festança (JÁ É???). Tá, tô sendo mau, muito mau. Mas é a calculadora, lembra?
Então anota ai:
Data: 16/01/211
Local: Parauapebas-PA (único local definido)
Horário: 20h00 + atraso da noiva = 23h00 (margem de erro de 4h para mais...)
E não esquece de levar R$20,00 + vale gravata. A calculadora a gradece.

6.11.10

EU INGRATO

Já coloquei na roda que em 2002 morei com um casal de jovens idosos, Henrique e Tia Léo, em São Luis. Foi um ano de muito aprendizado e coisa e tal. No final do ano conclui meu ensino médio, não passei no vestibular e voltei pra casa de meus pais.

Pois bem, o primeiro contato que tive com o Henrique e a Tia Léo depois que fomos embora (eles tiveram que suportar eu e meu irmão, o Preto) foi em 2004. Foi em um evento na própria São Luis. Aliás, eu só vi a Tia Léo. Eu todo saltitante e feliz fui ao encontro dela e as primeiras palavras que ela me disse foi: “como eu estava morrendo de saudades de vocês. Não imagina minha felicidade agora!”. MENTIRA. Ela não disse isso. Foi só pra colocar uma pitada de sentimentalismo. Na verdade as primeiras palavras que saíram da boca dela foram: “Seus ingratos!!” - ela sempre se direcionava a mim na 2ª pessoa do plural, da mesma forma com o Preto. Era como se eu fosse eu e meu irmão, e meu irmão fosse ele e eu. Entende?! Como o evento tava uma correria louca, não conversamos muito. Mas foi um contato.

Pois bem (de novo), depois disso só os vi em 2008, isso por que tive que ir a São Luis resolver um problema com minha documentação escolar. E dessa vez eles tiveram tempo suficiente pra passar na minha cara o quanto eu realmente era ingrato. Depois de 2008 nunca mais falei com ambos.
Esse post, na verdade, é um protesto contra mim mesmo. O Henrique e a Tia Léo têm toda razão. Aliás, eles nem precisariam me receber tão bem como me receberam em 2008. Mas eles são únicos.

Pois bem (mais uma vez), eu me considero um cara fácil de lidar, fácil de ser conquistado e fácil de estabelecer uma amizade. Mas é incrível a capacidade que tenho de perder um contato fácil fácil. Mesmo que o tal contato seja figura diária. Se num dia eu estou a mil com uma pessoa, conversando todos os assuntos possíveis, inclusive pessoais, no outro dia há uma enorme chance de eu está na estaca zero com o dito cujo. Pode até haver uma explicação lógica pra isso, mas ainda não descobri. Eu não devo ninguém. Aliás, muita gente me deve (to pensando seriamente em dá nome aos bois). Mas é assim que acontece. E por isso eu levo título de metido, boçal etc. coisas que não sou. Ingrato talvez. Ou talvez isso tudo seja uma espécie de timidez. Vai saber!!!

Pois bem (de bônus), a Tia Léo tem toda razão e manifesto aqui meu apoio a ela e incluo meu protesto contra essas minhas atitudes.

Então fica combinado assim: pra quem tô conhecendo agora, e eu sei que o que escrevi vai acontecer querendo ou não, pode ter a cara de pau, tomar iniciativa e vir falar comigo. Esta pessoa (no caso, eu) ficará imensamente grato e em troca esta pessoa (no caso, tú/ele) terá uma ótima companhia e ainda contribuirá para a paz mundial, o combate a fome e na preservação da Amazônia (nadaver).


25.10.10

ÉPOCA CONTRADITÓRIA

Carro com controle remoto era coisa do filho do vizinho; pobre como eu no máximo tinha uns “carrinhos de ferro - (hoje não são mais “carrinhos”, são Hot Wells. Pode?! -, o resto era toscamente fabricado a partir de latas de óleo ou sardinha, coisa chic da época.

Sou do tempo que perder um episódio dos Changeman, Jaspion, Flashman era não ter assunto pra falar no “momento cívico” ou na hora do recreio. Certos dias, valia a pena matar os últimos minutos da última aula, só pra não perder os primeiros minutos dos Cavaleiros dos Zodíacos.

Quantos pôsteres foram abandonados incompletos só por que a figurinha do Seya com a armadura de ouro era simplesmente impossível. E quem não se lembra das voltas ciclísticas mirabolantes na abertura do Fantástico Mundo de Bob? E da resposta pronta do Doug? “Doug, sou eu!”. Meses depois, todo mundo queria uma lancheira dos Power Rangers ou uma sandália dos Bananas de Pijamas. Anos depois, o “totó” era esquecido de vez, substituido pelo “bichinho virtual”, que passava uma fome braba na hora da TV Cruj (DisneyClub).

Fica dificil saber qual melhor época. É claro que a “nossa época” sempre será melhor. Essas recordações vão aos poucos se apagando, até serem lembradas num relance. Foi o caso. E quem me fez lembrar disso tudo? Aquela que dizem ser a maior culpada de ter roubado esse tempo colorido: a internet.

Que contraditório. Não?!

15.10.10

ADIPOSO VERSUS ÓSSEO

2h da madrugada. Um cochicho aqui, outro ali. O volume da conversa aumenta e logo é seguido por risos. O motivo? O pateta da poltrona 07 com destino à Imperatriz tampando as saídas do ar condicionado com papel higiênico. Frio de matar. Viajar a noite é bom pra quem tem grande reserva de tecido adiposo, o que não é o meu caso.

8.10.10

GILLIARDIZÃOSABICHÃO

Eu sempre fui (acho q vou morrer TENTANDO) um dos metidos a sabichão da turma (com algumas exceções). Apesar do Gilliard verdadeiro com toda sua originalidade briguenta, encrenqueira e aborrecente, eu estudava, podia era num me sair bem na hora da prova, mas que eu estudava... ah mais eu estudava e não era pouco. Era o meu Gilliard falso em ação por essas ocasiões; ou simplesmente o Gilliardizãosabichão.
Mas o Gilliardizãosabichão não se contentava só em ser o entendido da disciplina A ou B, ele tinha que saber muito além disso, até daquilo que não fazia idéia do que era, mas lá tava ele balançando a cabeça afirmativamente e concordando: “é verdade... exatamente, isso mermo... é desse jeito mermo”. O que não faltava era comentário do bonzão.

Mas o mais interessante de tudo é que isso não tem nada a ver com o assunto a seguir. Aliás, tem. Um pouco, mas tem.
No final de julho, lá fui eu atrás de um laptop pra suprir minhas necessidades estudantis. Uma coisa já tinha colocado na cabeça: tinha que ser da HP (ela tá me pagando o valor do laptop só por esse Merchant. Ah magnata da publicidade!! mentira!). Então fui à caça. Depois de mais de uma semana enfim encontrei um HP com todas as configurações que muito queria e com um precinho camarada que até eu (pq até eu?) fiquei surpreso.


O bixim ainda hoje num é totalmente meu, é aquela velha coisa de dar uma entrada e dividir o resto pela quantidade de ano que você pretende viver. Todo sartisfeito (sic) da vida, saltitante e cantado “tralálá... tralálá...” lá fui eu com a quase minha super-ultra-hiper-mega-power-poderosa máquina preta polida.


15 dias depois, pulando a parte que a gente fica todo besta e nem dorme direito doido pra amanhecer logo o dia e poder olhar e dizer: “é quase meu”, fui colocado à prova. O Office que veio no laptop pediu uma chave de avaliação. Eu todo empolgado virei o bicho de bunda e copiei a chave que tinha nela, colei nos campos que aparecia na tela e... deu merda. O programa não reconhecia a dita. Depois de várias tentativas resolvi ligar para a Microsoft pra reclamar.


Uma donzela muito simpática me atendeu. Sandra, acho. Sei lá, e também nem importa, acho que esse povo nem usa o nome de verdade. Fica sendo Sandra, então. Expliquei pra Sandra o que estava acontecendo e perguntei se a tal chave poderia está vencida. Ela pediu o número da nota fiscal, pediu um minutinho, depois voltou, confirmou uns dados, pediu outro minutinho, fez barulhos de teclado e voltou com o diagnóstico:


— Senhor Gilliard, o seu computador não tem Office.


E foi aí que entrou o dono da razão. Técnico em manutenção de micro, especialista em informática pela universidade do Lula, o repórter da informática da TV Serra Sul etc.


— Meu computador tem Office sim.
— Não senhor, o senhor o comprou sem o Office.
— Eu tenho certeza que comprei com o Office. (com ar de deboche) Ou então você poderia me explicar essa chave de ativação na etiqueta dele.


(chupa essa! — era o Gilliardizãosabichão acordando.).


- O senhor poderia me informar os caracteres da chave?


Todo confiante, cheio de razão, entendido do caso e tudo mais ditei a tal chave pausadamente. Aliás só comecei.


- ...senhor Gilliard, essa é a chave de ativação do Windows.


Cuãn-cuãn-cuãn-cuããããããããn
Olhei para o celular. Do outro lado, a Sandra esperava minha confirmação. Então eu fiz o que qualquer homem maduro e honrado faria nessa hora: desliguei o celular.
Mentira. A ligação caiu... acredita?
Cinco segundos depois o celular toca. Atendo, é a Sandra.


- Senhor Gilliard?
- Er... sou eu.
- Senhor Gilliard é a Sandra, do atendimento Microsoft.
- Oi Sandra, já tava te ligando de novo, a ligação caiu!


Quatro segundos e meio de puro silêncio...


- Senhor Gilliard, o senhor pode comprar o Office pelo próprio site da Microsoft ou se preferir, lá você também encontra links para dezenas de lojas que vendem o programa.
- Brigado Sandra! Eu vou providenciar a compra do meu, o mais rápido possível.
- A Microsoft agradece sua ligação. Uma boa tarde!
- Boa tarde!


Desliguei o celular e, todo murchinho e humilde tratei de baixar uma versão de avaliação do Office 2010 que expira domingo (10/10).


inspirado no mico de marcoauréliogóis

1.10.10

DEUS GOSTA

Deus gosta de música, de dança, de arte e cultura. 
Deus gosta dos ritmos diferenciados, de instrumentos diversificados, de contemplação, balanço e gingado.
Deus gosta da música do sabiá, da canção afinada do pintassilgo, da melodia do curió, da suavidade do rouxinol.
Deus gosta de cores, gosta da mata, dos verdes campos, do azul do mar, do vermelho das flores. Deus gosta dos animais, das plantas, dos vegetais, dos simples pardais.
Deus gosta de poesia, de belas canções, de doces melodias, de festa, do sorriso, de alegria.
Deus gosta da vida, do silêncio, dos tons musicais, das interpretações teatrais, da gargalhada descompromissada, do choro emocionado, de ternos abraços apaixonados.
Deus gosta da amizade guardada a sete chaves debaixo do peito, Deus gosta de cumplicidade, de carinho, dignidade e respeito.
Deus gosta do almoço de domingo, da família unida, do por do sol, das noites de verão, das tardes festivas, do beijo entre irmãos, de carinho, perdão e reconciliação.
Deus gosta de paz, de harmonia, de afeto noite e dia. Deus gosta do sorriso da criança, Deus gosta de mim, gosta de você.


Como Deus é maravilhoso!

24.9.10

PARINDO A OCIOSIDADE

Chegou sexta à noite; lição da ES respondida, e agora? Fazer o que? Então tentei me lembrar de coisas que fazia quando não tinha nada pra fazer. Depois de muito bater cabeça, lembrei-me de um episódio esquecido. E também acabei de decidir (mesmo) que vou contar o causo de forma ilustrada, algo nunca antes na história deste país feito por este variante.
Foi há uns dois anos. Um povo de outra cidade veio visitar nossa cidade, então decidimos aproveitar o domingo pra sair da cidade (que coisa). O lugar era uma maravilha; com um córrego de água BEM gelada, um campo de futebol (não tão campo) e uma ótima sombra capaz de aflorar a mais infeliz das alegrias...

Mas lá pelas altas horas da tarde o negócio ficou ocioso. Depois de termos banhado, jogado um futebolzinho perna de pau, não restou alternativa que não fosse chupar os dois sacos de fibras de laranja (chupar as laranjas, no caso... ou saco se preferir) ao som de uma longa conversa sobre o melhor assunto do mundo: a vida dos outros. Mas depois de mais de uma hora de conversa, as laranjas acabaram e junto se foi o assunto.

Então, alguém (no caso, eu) teve uma grande sacada talvez nunca antes na história deste país (de novo)  tentada: como não utilizamos a velha senhora faca, e sim uma engenhoca que num faço a mínima como se dá o nome, o que transformou a casca em pequenos cordões...

...a ideia foi formar uma corda quilométrica de casca de laranja. Até que num foi difícil convencer o povo de que a ideia era possível se todos participassem. E o resultado foi mais ou menos isso.


O difícil mesmo foi convencer alguém de fazer o papel de idiota 2 (eu era o 1) pra medir o tal cordão se valendo do modo mais arcaico possível. E o segundo resultado foi isso.

E nem me pergunte quantos metros deu o troço. 
fim.

*todas a fotos são do referido local, tiradas por mim e veiculadas com a autorização mentira dos envolvidos.

18.9.10

RESPEITO

15.9.10

DUAS COBRAS?

Essa é a cobra

...e essa é a outra... digo, minha irmã

Não que as duas possam ser confundidas por ai, mas o episódio foi sinistro.
Estava eu fazendo hora extra na biblioteca já na casa das 19h quando o cel toca. Do outro lado da linha, meu pai, paciente como é (no sério), me deu a noticia de que minha irmã estava do lado de fora do residencial desde as 16h30. O motivo?  Uma inocente cobra dentro do banheiro. Não tinha como eu esboçar outra reação; eu ri pracabar só de imaginar a cena. E pra quem conhece a protagonista do fato sabe do exagerado estado escandaloso da peça. De imediato fui “correndo” pra casa e lá encontrei a dita mais calma, mas a face inchada e vermelha denunciou a dimensão do estado em que ela se encontrava.
Um compadecido vizinho tratou de matar a inocente cobra.
Mas ai me suscitou duas dúvidas: por onde ela entrou? Será se meu cafofo está essa odisseia toda? 

9.9.10

MEU CADERNO


Hoje faz exatamente 25 dias que meu caderno faleceu. Eu o deixei na sala de aula na manhã do dia 16 de agosto e ninguém simplesmente não o achou; nem monitor, nem zelador, nem aluno, muito menos os “homis amarelinhos” que no primeiro dia de aula nos disseram que resolveria todos os nossos problemas do tipo (doce ilusão).
Na verdade, enquanto meu caderno era vivo eu não tinha lá esse afeto pelo pobrezinho. Mas, por incrível que pareça, só bastou alguns dias de desaparecido para nosso laço de afetividade se estreitar de uma forma que jamais imaginei (que meloso). Não chegava a ter nele os Escritos do Mar Morto, na verdade algumas anotações de cerca de duas semanas de aula. Mas não sei por que motivo (acreditem) ele se tornou algo tão, mais tão tãozaum que... meu derdocéu... que aperto (ui!).
Eu não me lembro como era a capa dele, muito menos de quantas matérias era, quiçá quantas páginas, mas de uma coisa eu sei: eu quero meu caderno. Mas como sei que a essa altura do campeonato jamais o verei, eu decidir prestar uma singela homenagem através de uma poesia feita (acreditem de novo) por mim mesmo, eu sozinho. Então lá vai.

Eu tinha um caderno...

Ele tinha várias folhas
Algumas escritas e muitas em branco
Nem sei ao menos o que tinha nelas
Eu tinha um caderno.

Quando penso em sua capa
Nada me vem à memória
Mas que fique bem lembrado
Eu tinha um caderno.

Seu arame era duro
Ao contrário das folhas
E na contracapa não tinha escrito
“Eu tinha um caderno”.

Ele me custou R$ 6,00
Muito barato por sinal
Outro “assim” vai ser difícil
Eu quero meu caderno

Ps.: Quem encontrou ou por ventura venha encontrar favor procurar pelo Gilliard (só existe um lá) no bloco de Odonto

28.8.10

DESCOBERTAS E CONCLUSÕES

Na verdade moro em uma área “nobre”, onde todo mundo vive trancado em suas “nobres” residências. Na verdade² mesmo aqui parece uma mega república de condomínios. Tem condomínio na frente, do lado, do outro lado e por ai vai, tudo abarrotado de estudantes da maior faculdade particular da região. Moro no apartamento 101 (pra quem quiser fazer uma gracinha) num residencial até arrumadinho. O dito fica à cerca de mil metros da faculdade e por isso dar pra eu ir tranquilamente á pé.

Até agora eu tirei algumas conclusões sobre este pedaço de “coisa”. Na verdade³ fiz algumas descobertas e conclusões. Eu descobri, por exemplo, que aqui é uma área, digamos, perigosa, quando eu parei um mototaxi à noite e falei que queria ficar na “Vila redenção”. O cara me trouxe só depois de eu convencer ele de que realmente eu era um cara do bem (eu sou?) além de dar um agrado a mais do real preço.

E ontem eu conclui que aqui É perigoso sim: tamanha 16h30 uma moça passeava tranquilamente pela calçada do residencial arrumadinho quando duas pestes de moto pararam a pobre e assaltaram o celular e outros pequenos pertences. Uns 3min depois eu cheguei com as compras do FDS e encontrei a dita ainda chorando. Pra quem carrega ainda um trauma do último B.O. a cosia serviu de alerta.

Mas o que eu realmente não queria jamais ter concluído era que aqui simplesmente não é Imperatriz. Isso mesmo caro solitário leitor. Tirei essa conclusão quando precisei colocar crédito no meu cel. Eu só andei uns 4 ou 5 km pra encontrar uma quitandinha que oferecia tal serviço. Farmácia? Fica doente pra eu ver!! E supermercado então?! Tem um projeto há pouco mais de mil metros, e se é projeto então já sabe, né?

2.8.10

FUI EU

Em 2006 eu morei o ano todo com uma prima. Na verdade não éramos primos, mas pelo fato de termos crescido na mesma rua, brincando das mesmas brincadeiras e também esse grau de parentesco nos proporcinava um desconto e tanto no aluguel, nos passávamos por primos. Pois bem, eu não me lembro muito bem de detalhes fúteis que só agora vieram à tona depois de uma semana com minha irmã dividindo o mesmo AP.
Por exemplo: se alguma coisa some ou foi mudado de lugar, a culpa ou é de um ou do outro (óbvio, né?!), não tem pra onde correr. Outro detalhe de lascar é quando o vaso amanhece com aquela catinga de urina, e quando se vai investigar conclui-se que alguém tratou de urinar na tampa do bendito no dia anterior. Ai já era, não tem escapatória; sobra pro pato aqui (óbvio de novo). A não ser que minha irmã aperfeiçoou a complexa capacidade de fazer o número 1 de pé... ou sei lá... alguma outra coisa do tipo.
ops!

28.7.10

NOVO LAR


Já tô em meu novo ninho, dessa vez vou está na companhia da Samara, minha irmã de 18 anos (foto).
O lugar é aconchegante e até luxuoso pros nossos padrões financeiros, mas fizemos questão de está em algo que nos traga paz mental nessa nossa nova etapa estudantil.
Muita coisa ficou pra trás, dentre elas pessoas que se alojaram "aqui dentro". Pessoas especiais mesmo.
 ///
Saimos de Parauapebas na segunda, meio dia, dormimos na casa de minha avó em São Pedro e na terça pela manhã chegamos em nosso destino final. A essa altura do campeonato (quarta-feira, 15h09) estou exausto, precisando de um descanso, mas ainda faltam algumas coisas serem colocadas em seus devidos lugares. Acho que essa noite descansarei de verdade.
///
Nessa correria toda de mudança eu tirei uma grande conclusão; A GENTE GASTA PRA CARAMBA. mas graças a Deus a grana deu pras compras básicas.
Tô meio drepê, é verdade, já sinto saudades da Lisly.

12.7.10

ALGUMA OFERTA?


Preciso urgentemente de um comprador pra minha geladeira. A intenção é vendê-la por aqui mesmo pra poder comprar outra quando chegar lá. Fiz as contas e se eu optar por pagar frete pra transportar meu grande patrimônio (uma geladeira, um rack, uma TV e um ventilador) vai sair muito caro. Vendendo a geladeira, o rack e o ventilador eu levo desmontado na mala do carro junto com a TV que também ocupa pouco espaço (LCD).
Até agora a oferta não foi muito boa,levando em consideração minha atual situação. A intenção era deixar a geladeira pro Preto, que muito tá precisando. Mas é duído ficar seis meses sem gelo e a dele ainda dá pra quebrar um galho.
Alguma oferta ai??
Ps.: ainda tô preso em Canaã

23.6.10

CULPA DELA (FINAL)

Tem duas semanas que tento me demitir e não consigo, e pra miorar o chefe viajou e só retorna no domingo. Então, de 2ª feira não passa. O motivo? Vô voltar pra Imperosa. O motivo? Enfim, vou cursar Odonto. O motivo? Ah, fala sério, acho que é a única coisa que pensei em ser quando ser grande que ainda não experimentei ou já.

Há dois domingos, foi ela. Neste último foi minha vez. Vou confessar que não fiquei nervoso, mas muito constrangido quando apareceu o Isaque e o Preto filmando a cena. Foi um tanto quando inusitado, mas com uma pitada de bom humor. O fato é que eu e Lisly estamos noivos. E eu que só pretendia me casar lá pelos 35 me vejo agora engolindo mais de 10 anos de diferença.

Ai me perguntam: “o que vc veio fazer por essas bandas já que vai retornar pra o lugar de onde veio?” Ora bolas, nem preciso responder que tenho uma pesada sensação minha vinda pra cá foi tudo culpa dela.

Não haverá festa ou algum tipo de extravagança pra comemorar o feito, apenas um simples almoço em familia pra oficializar. Na ocasião também tracaremos os anéis de tucum por outros de verdade.

Ps.: Caso essa noticia estimule alguma espécie de dúvida, terei o enorme prazer em esclarecer uma a uma.

17.6.10

CULPA DELA II

Foi num domingo a noite, quando tudo conspirava contra, que a coisa ficou suculenta. Vou explicar por que.

Eu tinha chegado de viajem no sábado de madrugada ainda sofrendo de uma terrível infecção intestinal (leia-se disenteria) que me atormentou durante todo o evento ocorrido em Marabá (brigado Késya, Naile). No domingo a noite já tinha decidido não ir à igreja por causa disso, mas no final das contas acabei indo por motivos não justificáveis naquele momento. Terminado o culto a turma combinou em ir tomar um caldo. Ai pensei: “lascou-se, já to mal, se eu for tomar caldo eu termino de me desmanchar”. Se é que me entendem!! Mas acabei indo, talvez motivado pela presença dela. Por lá, acabei passando mal sem ninguém perceber. Fui ao banheiro somente enxugar o suor e retornei à mesa. Depois de tomar uma tigela inteira de caldo de mocotó fui deixá-la em casa. Ficamos batendo um papo não me lembro sobre o que por um bom período. Foi então que ousei perguntar: “O que ta faltando pra gente namorar?” ela deu uma entortadinha na cabeça seguido por um elegante sorriso. E foi nesse momento que eu... vocês sabem né?!

Não me lembro como me despedi dela naquela noite; se já marquei o próximo encontro ou se só disse “a gente se ver”. Só sei que dias depois ela me confessou algo que me causou arrepios. Naquele mesmo dia ela havia batido um papo com Deus e disse a Ele que eu tava enrolando demais e se nada acontecesse naquela noite de domingo, nada mais aconteceria nas seguintes por decisão própria. Foi ai que entendi o por que tudo aconteceu da forma como aconteceu diante das situações desfavoráveis.

Dia 15 de março fizemos um ano de namoro (acho que ela só levou uns seis meses para me plantar essa data na cabeça). A gente já passou por pedaços gramado e outros espinhosos, mas vamo que vamo. E eu num vou escrever uma extensa prosa sobre a pessoa da Lisly por que num sou muito chegado ao romantismo, embora me sinto mais caído a isso do que antes. Logo por que, agora sim, chegou a parte final dessa história e a que realmente importa desde o post VIDA I.

Então se segura ai...

16.6.10

CULPA DELA

Mesmo antes de começarmos a namorar, já tínhamos uma relação de bastante cumplicidade. Na verdade passei uns 3 ou 4 meses enrolando, pesquisando, conhecendo, observando os detalhes nos gestos e nas entrelinhas das palavras. A cada saída, a cada conversa sobre qualquer coisa nos conhecíamos um ao outro.

A primeira vez que nos falamos foi um “boa tarde” após um JA. Depois tivemos nosso primeiro diálogo na frente da igreja após um culto de domingo. Dias depois fiquei surpreso ao ver que ela havia feito uma “progressiva”, que a tornou mais pouquinha do que já era. Foi nesse dia que fiz um comentário sobre seu cabelo como desculpa pra pedir o número do cel dela. O primeiro torpedo que enviei á ela foi numa 2ª feira. Não me lembro o teor completo da msg, só sei que terminava assim: “tenha uma ótima 2ª feira. Se é que se pode ter uma ótima 2ª feira”. Pronto, daí pra frente todos os dias trocávamos torpedo sempre antes de irmos trabalhar e pelas altas horas da noite. Um dia confessamos um a outro que aquilo havia se tornado um vício.

15.6.10

VIDA VI

Era pra ser só uns dias de folgas, mas as coisas foram tomando rumos distintos. Passei uns 20 dias com o Preto e retornei uns 40 dias depois pra passar uma temporada em Parauapebas. Pensei: “vou ficar ganhando uma grana enquanto a greve não termina”. Porém a greve acabou ainda em dezembro, mas decidi permanecer por essas bandas e oficializar minha saída definitiva do curso de História. O que se sucedeu quanto a minha vida operária muita gente já sabe por aqui e aqui.

De cara fui adotado por minha prima Elinêz e seu esposo (raramente ainda se escreve isso) Robert não mediram esforços para que eu tivesse de fato um lar longe do meu. Mas como moravam distante do trabalho minha segunda casa passou a ser um AP alugado pelas Anas que depois acabou sendo ocupado por mim e pelo Preto após a saída delas. Ana Carla e Ana Tereza, seria injustiça não dedicar ao menos umas poucas linhas à essas duas figuras raríssimas, e quem as conheceu sabe muito bem do que tô falando. No decorrer de minha incerta vida blogueira, quem sabe não posto mais detalhes sobre nossas andanças e micos marcados na noite parauapebense. Hoje uma é pedagoga e a outra concluiu o curso de administração, ambas em uma das mais conceituadas universidades de São Paulo. Mas ainda quero pagar, não sei como, tudo que ambas fizeram por mim. 

Margô, Edmar, Day, Lô, IBG, Késya, Francisco e Rose I, Rodrigo e Rose II, Álison...e outros que estou mais uma vez cometendo a injustiça de esquecê-los sem intenção. Alguns desses nome citados já passaram por aqui, não á toa.

Em Canaã o número de nomes é reduzido, mas cai dentro Francisco, Dudu, Daiana, Rosália e a “irmã” (já disse à ela que nunca vou conseguir decorar o nome dela), Geyce, Jonas, Léia...

Ao longo desses quase três anos, muita coisa aconteceu: tive meu primeiro emprego de verdade, conheci melhor a capital Belém, viajei pela primeira vez de avião, vi o Lula pessoalmente, me roubaram uma moto, levei minha primeira mordida de cachorro (pior que a mordida foi o Fernegã), cantei a beça no Lume, minhas entradas na testa aumentaram, assim como surgiu uma acentuada barriga que ninguém leva à sério, e também conheci a Lisly.

Na verdade essa enrolação toda de parte da minha VIDA foi só pra chegar em outra enrolação que começa a partir do próximo post que essa sim, levará ao ponto que de fato quero chegar.

Ps.: essa vai ser menor, prometo. A partir de agora também, os títulos passam a ser formados por duas palavras. por que? sei lá!!

12.6.10

VIDA V

Acabei não passando no vestibular 2003 e retornei pra São Pedro na intenção dizendo eu de estudar para o próximo vestibular. Mas durante todo o ano de 2003 e metade do outro coisa que eu não fiz foi estudar. Dediquei a maior parte de meu tempo ao Clube de Desbravadores, uma entidade do igreja a qual pertenço semelhante ao Clube de Escoteiros. Foi um período de aventuras e armações que farei questão de descrever algumas no decorrer de minha vida blogueira.

Mas foi nesse período em que amadureci a idéia do que realmente queria ser quando crescer. A minha primeira tentativa foi Odontologia. Aliás era o que já tinha decidido fazer há tempos e confesso que parte disso se deve a profissão de meu pai (protético). Mas então veio a idéia de tentar pra outras áreas. Então no final de 2004, por idéia e apoio oferecido pela Núbia, fui fazer cursinho em Imperatriz e de fato estudar. Me inscrevi novamente pra Odonto na federal e resolvi fazer pra História na estadual. E mais uma vez não passei pra Odonto, mas aprendi uma grande lição que já tinha a impressão de que já sabia; você deve dormir (descansar) bem na noite anterior à prova, e não ficar assistindo filme até 4h da madrugada, caso contrário o resultado vai ser uma boa soneca regada de muita baba em cima da prova. E nem vou perder tempo dizendo que foi exatamente isso que aconteceu comigo.

Pra História, me preparei melhor e acabei passando. A sensação de ser universitário foi doce. Eu me entreguei de corpo e alma aos mundos e submundos da filosofia, da sociologia, naveguei por Freud, Kal Marx e tantas outras neuras mirabolantes. Nessa fase conheci pessoas importantes pra mim e convivi com outras figuras repetidas.

Devo muito à Núbia, Wenner, Fabiano, um casal que esqueci o nome e Luciana, quanto a moradia. Devo muito à Ana Cléia no que diz respeito aos trabalhos escolares e guardo com carinho nossas conversas filosóficas sobre a vida. Com Simone também dividi momentos de muito entretenimento e afazeres da igreja com planos que nunca colocamos em prática (rs). É claro que no meio disso tudo eu tô esquecendo de outras tantas que foram costelas pra mim.

O fato é que aproveitei a greve iniciada às vésperas do Dia das Mães no ano de 2007 e em julho decidi visitar o Preto em Parauapebas-Pa.

11.6.10

VIDA IV

Em 2002 era pra eu retornar ao internato, mas rumei no sentido oposto, e novamente junto com o Preto. Dessa vez fomos para a Ilha do Amor, a Jamaica Brasileira, São Luis-Ma concluir o 3º ano no colégio Adventista. Foi um ano de certa monotonia, mas, de muito aprendizado. Convivi com pessoas mais cultas e metódicas, andei por lugares mais requintados e esqueci apenas de freqüentar a praia, coisa que só aconteceu quando meus pais foram me visitar na final da copa do mundo.

2002 foi também o ano em que mais estudei. Pra se ter uma idéia, entrava na escola 7h30 da manhã e saia por volta de 11h, depois tinha que retornar 13h e só sair 7h20 (dois dias eram as exceções). A rotina era pesada e a escola exigia muito de seus alunos, principalmente os pré-vestibulandos. No geral foi um ano de poucas amizades (Pri, Bia, Manú... não vale).

Grandes lições foram acrescentadas a mim por um casal um tanto quanto raro; o “Véi Henrique” e a “tia Léo” formavam o que chamo de tampa e panela. Ela uma senhora nervosa e sistemática que sofria a beça com as constantes enxaquecas. Já ele, um velho com saúde de sobra que não fazia o menor esforço para logo logo todo mundo tá rolando de rir de suas armações. O cara era um verdadeiro altruísta; desenhista, marceneiro, escritor, fotógrafo, escultor e a parte que mais gostava nele, padeiro. E tudo que fazia era recheado de muito humor e capricho, mesmo nas horas mais sérias em que tinha que se submeter aos caprichos da tia Léo. Não vou me ater a relatar as lições que aprendi com esse querido casal, logo por que não dá pra escolher simplesmete uma.

Lembro-me que quando chegávamos da escola, exaustos e ainda de uniforme, iamos direto pra mesa saborear os pães caseiros acompanhado por uma rica vitamina ou um tratamento (como Henrique chamava o abacaxi batido puro no liquidificador). Lembro-me também das tardes de sábado, enquanto o Preto saia com a tia Léo para o ensaio do grupo da igreja, eu e o véi ficávamos fazendo o que ele definia como “trabalho missionário para mim mesmo”, e no final do dia acordávamos “bêbados”. E na hora de comer toda a vizinhança sabia; “bóra comer macacada”, gritava ele.

Foram detalhes indescritíveis, experiências reais e alguns deslizes que ao longo do tempo foram se juntando a tantos outros já cometidos e que formaram essa composição desequilibrada que me moldou e me concebeu.

4.6.10

VIDA III

Foi no internato que tive minha última briga com o Preto (o resultado foi um ferro de passar roupas indo aos pedaços), foi no internato que pela primeira vez tive que lavar minha roupa, foi no internato que vivi a real experiência de acampar na selva Amazônica e foi do internato que voltei pra casa no primeiro ano com duas camisas (uma na mala e outra no corpo) e três calças (meias e cuecas, não me recordo).

Foram detalhes indescritíveis, amizades sólidas, experiências reais e alguns deslizes que ao longo do tempo foram se juntando a tantos outros já cometidos e que formaram essa composição desequilibrada que me moldou e me concebeu.

27.5.10

PROCEDÊNCIA

O recado é o seguinte: tô sem clima, sem internet, sem paciencia, sem inspiração, apesar de muito assunto já pré-editado pra pôr na roda. Mas, paciência né?!

Já vislumbro mudanças drásticas na minha vida e quero contar cada detalhe de tudo, começando do começo. Aliás, o começo já foi começado, agora é só dá procedência (é com "c" ou "ss"?) na "VIDA".

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12.5.10

VIDA II

Quando completei 14 anos, meu pai me perguntou se eu queria “estudar fora”. Topei na hora. Imaginei uma vida de independência, sem dá satisfações a ninguém, sem as regras que muito me prendiam. E lá me foi, eu e o Preto rumo ao desconhecido, ao novo; um internato no meio da selva Amazônica. Um lugar onde todo tipo de gente fazia parte de um mesmo sistema rígido e ao mesmo tempo desafiador, para onde muitos pais enviavam seus filhos rebeldes na esperança de “tomarem jeito por lá”. O que não era nosso caso.

De cara eu levei uma surra de toalha de uns 7 caras; o motivo foi a divisão de classe típica do lugar. O sistema funcionava da seguinte forma:

Toda a estrutura era formada por três prédios principais. Um dormitório feminino, outro masculino e um refeitório, além do setor onde funcionavam as salas de aula e a administração de toda a escola. Pois bem, os quase 500 alunos eram divididos em cinco classes: Bolsista – pagavam uma taxa simbólica por ano, trabalhavam quatro horas diárias e oito nos domingos, feriados e nas férias e só tinha direito a 15 de férias no final do ano; Bolsista especial – a única diferença deste para o bolsista era que a taxa era paga por mês, e tinha o direito ás férias de fim-de-ano; Semi-bolsista – pagava mensalmente uns R$100 a mais que o Bolsista especial, cumpria a mesma carga horária de trabalho, mas tinha direto as férias de meio e fim-de-ano; semi-semi bolsista – pagava mensalmente uns R$100 a mais que o semi bolsista e tinha uma jornada de trabalho de três horas por dia, tinha os domingos e feriados livres e gozava de todas as férias. Por último tinha o Regular, que pagava uma taxa mensal de não sei quanto e não trabalhava nada.

Então. Eu fui como Semi-bolsista, aliás, fui o primeiro semi a chegar no colégio no ano de 2000. De cara eu peguei o serviço que diziam ser o melhor de todos; Monitor de limpeza. Eu era o responsável por toda a limpeza do prédio masculino. Lavava os banheiros (imagine a situação surreal do local onde um bando de machos vindo de vários lugares do pais, de diferentes culturas deixavam toda sujeira), lavava os corredores, limpava o gramado e colhia todo o lixo.

[Interessante, mas quando comecei a escrever este post a intenção não era contar da surra, mas depois eu continuo com o ex-assunto. Então vamos a surra.] Todo empolgado e inocente, eu fiquei encantado com a maneira como os bolsistas tratavam um a outro na hora de irem trabalhar; “vão trabalhar escravos”, gritavam entre eles. Já me sentindo todo enturmado, um dia resolvi entrar na brincadeira. Uns sete marmanjos iam em direção ao banheiro quando gritei “vão trabalhar escravos”. De repente todos pararam ao mesmo tempo, se viraram. Na hora eu percebi que tinha feito merda. Mas do jeito que eu tava (como um rodo na mão no meio do corredor) assim fiquei. Os caras vieram em minha direção e me deram um samba (surra de tapas na cabeça) seguido de muitas toalhadas. Não me lembro se chorei ou não, mas me lembro que o rodo não serviu pra nada, apenas para continuar levando e trazendo um pano de cara pro chão.

Foi então que me dei conta da divisão de classe que tinha que ser respeitada por quem quisesse “se dá bem” durante ao menos os primeiros dias de cada ano. Depois as coisas ficavam amistosas, com raras exceções.

Continua... ou não.