6.11.10

EU INGRATO

Já coloquei na roda que em 2002 morei com um casal de jovens idosos, Henrique e Tia Léo, em São Luis. Foi um ano de muito aprendizado e coisa e tal. No final do ano conclui meu ensino médio, não passei no vestibular e voltei pra casa de meus pais.

Pois bem, o primeiro contato que tive com o Henrique e a Tia Léo depois que fomos embora (eles tiveram que suportar eu e meu irmão, o Preto) foi em 2004. Foi em um evento na própria São Luis. Aliás, eu só vi a Tia Léo. Eu todo saltitante e feliz fui ao encontro dela e as primeiras palavras que ela me disse foi: “como eu estava morrendo de saudades de vocês. Não imagina minha felicidade agora!”. MENTIRA. Ela não disse isso. Foi só pra colocar uma pitada de sentimentalismo. Na verdade as primeiras palavras que saíram da boca dela foram: “Seus ingratos!!” - ela sempre se direcionava a mim na 2ª pessoa do plural, da mesma forma com o Preto. Era como se eu fosse eu e meu irmão, e meu irmão fosse ele e eu. Entende?! Como o evento tava uma correria louca, não conversamos muito. Mas foi um contato.

Pois bem (de novo), depois disso só os vi em 2008, isso por que tive que ir a São Luis resolver um problema com minha documentação escolar. E dessa vez eles tiveram tempo suficiente pra passar na minha cara o quanto eu realmente era ingrato. Depois de 2008 nunca mais falei com ambos.
Esse post, na verdade, é um protesto contra mim mesmo. O Henrique e a Tia Léo têm toda razão. Aliás, eles nem precisariam me receber tão bem como me receberam em 2008. Mas eles são únicos.

Pois bem (mais uma vez), eu me considero um cara fácil de lidar, fácil de ser conquistado e fácil de estabelecer uma amizade. Mas é incrível a capacidade que tenho de perder um contato fácil fácil. Mesmo que o tal contato seja figura diária. Se num dia eu estou a mil com uma pessoa, conversando todos os assuntos possíveis, inclusive pessoais, no outro dia há uma enorme chance de eu está na estaca zero com o dito cujo. Pode até haver uma explicação lógica pra isso, mas ainda não descobri. Eu não devo ninguém. Aliás, muita gente me deve (to pensando seriamente em dá nome aos bois). Mas é assim que acontece. E por isso eu levo título de metido, boçal etc. coisas que não sou. Ingrato talvez. Ou talvez isso tudo seja uma espécie de timidez. Vai saber!!!

Pois bem (de bônus), a Tia Léo tem toda razão e manifesto aqui meu apoio a ela e incluo meu protesto contra essas minhas atitudes.

Então fica combinado assim: pra quem tô conhecendo agora, e eu sei que o que escrevi vai acontecer querendo ou não, pode ter a cara de pau, tomar iniciativa e vir falar comigo. Esta pessoa (no caso, eu) ficará imensamente grato e em troca esta pessoa (no caso, tú/ele) terá uma ótima companhia e ainda contribuirá para a paz mundial, o combate a fome e na preservação da Amazônia (nadaver).


Um comentário:

  1. É, isso é realmente verdade... Mas ó, insistam... Ele é ingrato mas tem bom coração,hehehee!!!

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