27.11.11

DOIS

Estava eu na Cemar tentando resolver uma pendência de um antigo inquilino do “meu” novo ap. Estava em período de aula, portanto, me trajava de branco. Foi então que fui surpreendido por uma velhinha que já me intrigava pela forma com me olhava enquanto andava pra lá e pra cá (impaciente mesmo. Tava em aula, pô) ou colhia algumas informações com um atendente. A velhinha me puxou pela camisa, e é claro que tomei um baita susto, me fez sentar á força na cadeira ao lado da dela e por cinco segundos me olhou no fundo dos olhos.

- Você sabe que ninguém é um, né?
- Hãn?
- É! Ninguém é um, todo mundo é dois.
- Como assim? (ainda com cara de “tá doida velha?”).
- Você é médico? Enfermeiro? (ela sugeriu outras profissões, menos dentista e muito menos estudante de dentista).
- Sou um futuro dentista; estudante de odonto.
- Eu tenho um neto, ele é estudante de medicina e ele é tú meu fi (sic).
- É? (eu já me acabando de rir).
- Eu estava te observando e você anda como ele, fala igualzinho a ele e, olha ai; senta igualzinho a ele (sentava de perna cruzada tipo bichona);

É claro que fiquei meio embaraçado e pra meu alívio ou não minha senha foi chamada. Perguntei apressadamente o nome dela (não lembro mais. Coisa típica minha) e fui com a velhinha na mente. Na verdade não sei bem se ela estava certa ou não, mas que a ideia me intrigou, ó se intrigou, na mesma proporção em que creio piamente que sou único, insubstituível e exclusivo, assim como cada ser. É, creio nisso, sem tirar a razão da velhinha que talvez nunca mais a veja.

18.11.11

ANIVERSÁRIO 2.0

Ontem teve aniversário. É, mais um. E meus dois leitores e meio sabem muito bem que meu não foi. O motivo já sabem AQUI.

Ontem, essa bagunça, que por hora anda largada, abandonada e outros adjetivos bem mais desqualificantes condizentes com a situação, fez 2 anos de desasossego. Mas enfim.

No dia 17 de novembro de 2009 publiquei a primeira postagem. E para efeito de curiosidade, o título dela deu o nome ao blog. E para efeito de lembrança (ou lambança mermo) ai vai a dita na íntegra:

Sempre achei interessante um blog, na mesma intensidade da minha preguiça em escrever.

Mas, definitivamente (ou não) eu tô aqui.

Eu pensei: já que tá todo mundo migrando pro twitter, então chegou a minha vez.

Não sei se um dia alguém vai ler esse lixo mental. Talvez não seja esse o principal objetivo.


Só quero dar uma cara aos meus pensamentos, às minhas VARIAÇÕES.

//
Pois é, como deu pra ver muita coisa mudou ou não.

E como no primeiro ano, a cara do bicho mudou também. Agora ele tem uma aparência mais “Restart”, como definiu bem um cara aqui (que nunca o vi na vida) em que pedi sua maldita opinião sobre o novo layout. Mas isso não vem ao caso. A nova cara tá ai, e claro que vai demorar um pouco pra acostumar, mas uma hora entra. Outra novidade é uma caixa de pesquisa no canto direito superior; nela você pode procurar qualquer postagem que lhe interesse, é só digitar uma palavra a qual acha ou ao menos desconfia que há na postagem de interesse e pronto, tá lá.

Um fato curioso, é que no primeiro ano o número de visitas chegou a exatos 1.001. De lá pra cá elas já somam mais de 3.300.

No mais, a coisa tende a continuar andando, as vezes a passos de tartarugas, outras a passos de lebre.

18.10.11

NOVE MESES DEPOIS

Nove meses durou o casório do Alexandre Pato e Sthefany Brito; nove meses foi o tempo em que durou a última trégua do grupo terrorista ETA; nove meses durou o Nike Shox do... de um cara que reclamou no site “reclame aqui”; nove meses dá pra doar um peixinho e receber um papa leite, se é que me entendem. Bem, enfim, nove meses dá pra fazer muuuita coisa.
No último dia 14 fez nove meses que Lisly me suporta, me manda, me obedece, me faz rir, me faz raiva, me satisfaz, me completa, é amada. E nesses nove meses deu pra ver, ouvir, pensar, falar, fazer e refletir em muita, mas muita coisa. E ao menos três conclusões eu tirei:

Em nove meses deu pra ratificar muita coisa que eu já sabia; aprender coisas que não fazia ideia e confirmar outras tantas em que eu apenas desconfiava.

Uma coisa que eu já sabia era que mulher é um bicho sensível, que quanto mais forte aparenta ser, mais frágil é. E vice-versa. Isso eu já sabia, e como sabia!

A gente descobre também que, pra mulher, os pequenos detalhes valem muito em quase tudo. E esse negócio de “pequenos detalhes” pra quem tem pelo na cara é o troço um tanto quanto MUITO COMPLICADO. E isso eu não fazia ideia do quanto.

A gente confirma, por exemplo, que vida de casal é de fato meia que doida. No sério! É um negócio que tem que ser levado a sério, mas nem tanto assim. É difícil pra eu explicar e pra você entender. Só sei que era algo que eu já desconfiava.

Nas primeiras três horas do dia 14 a gente ficou relembrando de muita coisa desses últimos nove meses. De como foi nosso primeiro sábado (casamos numa sexta), nosso primeiro domingo, nossa primeira segunda; e na segunda ficamos por alguns minutos de risadas. Acho muito pouco provável que alguém teve a primeira segunda-feira de casado igual a nossa; acordamos 3h da madruga e rumamos pra nossa lua-de-mel. MENTIRA, rumamos pra fila do seguro desemprego. É inevitável não rir, mas passar cerca de 10 horas numa fila é no mínimo inusitado pra dois recém-casados. Hoje, a gente analisando a situação toda, aquilo foi um filhotinho perto das 799 aventuras pra lá de Bagdá que passamos. E pensar que aproveitamos e tiramos de letra cada uma delas, nove meses não passa da simples ponta do iceberg. E isso é bom ou ruim.

Mas já dizia o Lairto e seus teclados: "Com essa muier eu vou até pra guerra! Sim vou!"


14.10.11

DO OUTRO LADO DA LINHA


O pastor telefonou para uma família que havia recentemente visitado sua igreja, e do outro lado da linha atendeu uma voz infantil. O menino falava baixinho e se identificou como Tiago.
O pastor pediu para falar com a mãe do menino. Ele respondeu que ela estava ocupada.
Ok, posso então falar com seu pai? – o pastor perguntou.
Ele também está ocupado!
Tiago, há outras pessoas em sua casa?
A polícia!
Posso falar com um dos oficiais da polícia?
Eles estão ocupados.
Quem mais está aí?
Os bombeiros!
Poderia me chamar um deles ao telefone? – O pastor já estava preocupado.
Eles estão todos ocupados!
Tiago! O que eles estão fazendo?
Eles estão me procurando!
Adaptado da do exemplar 2011 das Meditações diárias

11.10.11

O PREÇO DA PROPINA


Durante o ensaio, o noivo puxa o pastor de lado e lhe faz uma oferta: 
- Vou lhe dar 100 reais pro senhor mudar os votos matrimoniais. Quando o senhor for falar os votos para mim, gostaria que deixasse de fora a parte que diz ‘promete amar, honrar e proteger…’.
E então entregou os 100 reais ao pastor.
No dia do casamento, noivo e noiva estavam no altar diante da igreja, e na hora dos votos, o pastor olhou para o noivo e disse: 
- Promete obedecer à sua esposa em cada um dos seus pedidos? Promete levar o desjejum na cama cada manhã de sua vida? Promete que amará eternamente sua esposa e não olhará para nenhuma outra mulher enquanto ambos viverem?
O noivo engoliu em seco e com voz titubeante disse: 
- Sim.
Depois da cerimônia, foi direto reclamar com o pastor e perguntou o que tinha acontecido. 
- Pensei que tivéssemos feito um trato!
O pastor devolveu a nota de 100 e disse: 
- A oferta da sua noiva foi melhor.

Adaptado da do exemplar 2011 das Meditações diárias

7.10.11

A TENTAÇÃO


Começa hoje (ou da postagem anterior. Já não sei mais) uma série de 4 ou 5 postagens sérias. É isso mesmo, isso aqui merece umas prosas sérias. Afinal, é... tá bom, ler ai.
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Um cidadão de negócios com excesso de peso decidiu que tava na hora de perder uns bons quilos. Levava a sério a tal dieta, chegando mesmo a mudar de rota para evitar a doceria favorita. Certa manhã, porém, ele apareceu no trabalho com um bolo gigante de chocolate. Os colegas de escritório começaram a zombar dele, mas ele permanecia impassível com seu sorriso. 
- Este é um bolo especial, disse. 
O cidadão foi então explicar o tal "bolo especial".
- Acidentalmente, tive que passar em frente à doceria nesta manhã e ali, na vitrine, havia grande quantidade de bolos. Senti que não era tão acidental assim, e orei: ‘Senhor, se é de Tua vontade que eu compre um destes bolos de chocolate, que haja um lugar para estacionar em frente da porta da doceria’. Depois de oito voltas na quadra, apareceu o lugar.
A tentação vem. Não importa se é um pedaço de bolo, ou alguma coisa que você não deve ter, algo que você não deve fazer, ou um lugar aonde não deve ir.
Adaptado da do exemplar 2011 das Meditações diárias

30.9.11

COMO UMA LADRA GRÁVIDA

Dando uma fuçada na rede encontrei o blog do Luiz Cláudio, um dos pioneiros da música adventista (grupo religioso a qual faço parte). O cara tem  muitas histórias pra lá de boas, sempre terminando em uma lição de moral boa. Mas ai encontrei esta postagem que me fez rachar de rir, e nem pensei duas vezes em colocá-la na roda.

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Já escurecendo esperava meu ônibus. Os policias que faziam ronda não estavam naquele momento. Me afastei um pouco para ficar perto de uma mulher. Mulher grávida. Foi ela mesma. Encostou-se a mim por traz com uma navalha, um canivete. E disse:

- Se você se mexer faço picadinho do seu fígado.
Abri e revirei o interior de minha sacola conforme ela pediu. Enquanto ela olhava se tinha alguma coisa que a interessava, de repente ela viu o Jaleco do Hospital e perguntou:
-Você trabalha mesmo naquele hospital?
-Sim, há muitos anos.
-Vou fazer meu parto lá.
-Então você vai cair em minhas mãos.
-Então não vou te assaltar.
-Acho bom.

Entrei no primeiro ônibus que passou. Ali dentro em segurança comentava com um passageiro que será assim: Como uma ladra. Uma ladra grávida ninguem espera. A volta de Jesus vem de surpresa.

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I Tes. 5:2

23.9.11

COISAS QUE DEVERIAM ENTRAR NA RODA

Mas não entraram por motivos não óbvios e muito menos explicáveis, justificáveis ou outra prosa que dê no mesmo. Mas que deveriam sim entrar na roda. Então, pra ser justo (pq?) com meus cinco leitores e meio, ai vai um release:

  • Perdi minha aliança três meses depois de casado em uma partida de futsal. E como sempre questiona Lisly: “Mas futsal não se joga com os pés?” Pois é, coisas do futsal;
  • Em um único final de semana pra lá de inusitado, o pneu traseiro de nossa “bicicleta” furou quatro vezes. Sempre convencidos da piada de borracheiro: “Esse aqui eu dou garantia!” Um jogo novo resolveu;
  • Desde que casamos moramos dois meses e meio sozinhos. Motivo? nos primeiros seis meses minha irmã mala morou com a gente. Fugimos dela pra +ou-600km de distância. A brincadeira durou apenas dois meses e meio. Agora é minha cunhada que marca ponto em nosso lar. #lidamosmuitobemcomisso! acredite;
  • Dia 29 de agosto minha mana caçula fez é... bem... ...peraí, é... fez aniversário ou completou ano mesmo. Ela é coisa rara por aqui e bem que merecia uma postagem exclusiva só dela (han?). Vou analisar esse projeto;
  • Dia 4 de setembro foi a vez do Preto, que fez ele vai me processar por isso 27 anos e, apesar de dar as caras por essas bandas hora ou outra, também merecia exclusividade por sua representatividade em minha ex perambulante vida.

No mais, continuo um estudante, casado, careca e (na opinião de Lisly) o cara mais bonito da capitar de bendaqui.

13.9.11

A MELHOR PARTE DO MILHO

Pra quem gosta de milho, e cozido, sabe muito bem do que estou falando; você escolhe o milho de sua preferencia (mais verdinho, mais duro, mais...) e começa a saboreá-lo achando ser ele a coisa mais gostosa do momento. Mas quando os grãos acabam você se dar conta de que, ai sim, vai começar a melhor parte do milho; o sabugo. Aquele caldinho, salgadinho, extremamente suculento... ui! Por que isso? 

Em plena noite de sábado na Beira Rio com Lisly fiquei eu a pensar na conjuntura e em outras tantas, por que a melhor parte do milho é o sabugo? Talvez pelo simples fato de ser o sabugo a melhor parte do milho. E talvez, por isso, esse fenômeno explique outros tantos.

Você come a manga, mas quando chega no caroço o deixa branquinho de tanto roer... por que a melhor parte do milho é o sabugo;

Quando o bendito cabresto da “japonesa” quebra e sua mãe insiste em colocar um maldito arame prorrogando o inevitável, e então você passa a andar com mais cautela e tensão... por que a melhor parte do milho é o sabugo;

Ai você chupa a laranja em um minuto, mas se perde em 10 comendo o bagaço, tudo por que a melhor parte do milho é o sabugo;

E aquela sua camisa que você ganhou no aniversário de 15 anos, hoje a pura cecê na sovaqueira, mas seu corpinho de 28 insiste em ser encapada pela dita 3 vezes por semana, no mínimo... por que a melhor parte da milho é o sabugo;

E nas noites de frio, você poderia muito bem usar um de seus 799 lençóis em estado aceitável, ao invés de insistir naquele faraônico lençol cheio de buraco feito pelos seus pés, tudo por que a melhor parte do milho é o sabugo;

E, claro, você doce mulher, insistindo naquele cafajeste, chifreiro, safado e mentiroso quando poderia simplesmente ir à panela e comprar um outro milho quentinho da hora a uma bagatela de R$1,50.

... o que vale pra você, cabra sério e trabalhador que insiste na melhor parte do milho.

11.9.11

PERSEGUIÇÃO

31.8.11

SUBINDO NA VIDA... DE ESCADA

E se mudei de cidade, óbvio que tive que rumar pra outra IES. Essa é bem maior que a outra em todos os aspectos, é verdade, inclusive na burocracia. E como não poderia ser diferente, até a gente conhecer bem um novo ambiente, algumas, digamos, escadas aparecem pelo caminho.

Mas antes, é bom lembrar que moro em um condomínio até tranquilo, numa área mais pra nobre do que pro oposto (sim, sou um peixe fora do olho d’água). A única desvantagem é que moro do 3º andar, e por Lei o condomínio só é obrigado colocar elevador se o número de andares passar disso. Logo, me desdobro com  50 degraus no MÍNIMO quatro vezes por dia. No MÍNIMO!! Doce amargo exercício escada a cima, doce amargo exercício escada a baixo. Consolo mesmo só aos fim de semana; na igreja em que congrego a bichinha não passa de 30 degraus. É mole?!

Pois bem! Já sabia que a IES a qual faria parte tinha uns cinco andares (na verdade são seis). E fiquei super infeliz ao saber que minha sala seria no último andar. E maior infelicidade me dominou quando contei o número de degraus e conclui que meu AP é fichinha perto da situação. Mas olha só que surpresa agradável foi saber que o problema seria totalmente banido com os elevadores. Se bem que estranhei a plaquinha dizendo: “capacidade máxima de 3 pessoas”.

Então vamo lá.
Primeiro dia de uso: Gilliard sobe de escada, faz o que tem que fazer, aperta o botãozinho, o elevador chega, “térreo, por favor”, o bicho desce e saio saltitante.

Segundo dia de uso: Gilliard sobe de novo de escada, faz o que tem que fazer, aperta o botãozinho, o elevador chega, “térreo, por favor”, o bicho desce e saio saltitante.

Terceiro dia de uso: Gilliard sobe de escada (depois fiquei indagando o por que usava o elevador só pra descer), faz o que tem que fazer, aperta o botãozinho, o elevador chega, “térreo, por favor”...

- ...ééé (o senhorzinho baixinho do elevador me olha dos pés a cabeça) você é estudante, não é?
- sim, sou! (com ar de tudo pode)
- você tem autorização pra usar o elevador?
- como assim?
- você precisa ter autorização. Só os funcionários podem fazer uso dele.

Olhei o senhorzinho baixinho que sempre atendia o meu “térreo, por favor” com toda boa vontade do mundo, fiz uma cara de pateta...

- ah é?! Não sabia.
- sei.

Então me dei conta de que a escada vai ser minha sina o ano todo.
Escada pra que? Pra descer, pra subir, pra morrer MUITO!!

4.8.11

A INVOLUÇÃO DA ESPÉCIE

É, mudei o visual. Resolvi fazer isso depois de algumas tardes de muita ociosidade nessas férias. 


Pensei: “pô! Eu fui, vim, retornei, voltei... mudei e nesses 10 anos de perambulação minha cabeleira permaneceu ali, imponente, na mesmice, ela no máximo se desavolumava, porém, pra dias depois voltar a volumança toda. Quer saber, minha cabeleira merece sim esse gostinho!”. 

E foi ai que tomei a decisão. Eu não sei se tenho razão ou não, se ficou maneiro ou não, se ficou sei lá... cabelo.

É, mas no intervalo deste parágrafo pro anterior eu fui dar uma fuçada nos meus arquivos e pensando bem, essa cabecinha já teve sim algumas sortidas paisagens por cima da coitada. E acabei encontrando isso ai, uma verdadeira degradação do espaço aéreo:

Essa é do tempo das madrugadas de redação
Essa eu num sei
 E essa... próxima.
 Sim, tô limpando o salão... ou não.
Esse foi o penteado escolhido pra laçada
E chegamos aqui

E pela cara da dotôra (sic) é fácil adivinhar o que ela achou dessa façanha.

É... algumas coisas evoluem. Outras não, ficam na tentativa.


Ps.: mais fotos no Facebook

12.7.11

de NOVO

Uma vez alguém, que não lembro quem, soltou esta: “amigo é amigo e filho da puta é filho da puta” (desculpa o calão). É mais ou menos por ai.

A vida me proporcionou várias mudanças no sentido literal da coisa. Contei, junto com Núbia, sete. É claro que nessas idas e vindas eu aprendi muita coisa da vida, coisas até que tive que desaprender, coisas que nem queria aprender. Mas quem sou eu pra dizer que a vida ensina coisas erradas? Logo ela, a vida?! Definitivamente NÃO, o processador tá do lado de cá.

Agora, nesse momento, em uma casa com cheiro de poeira e mofo, estou eu a pensar solitariamente em coisas do passado. Pessoas, na verdade. Pessoas com quem dividi a conta, pessoas com quem dividi um pedaço de chão por uma modesta posição na frente da TV, pessoas com quem dividi a mesma vasilha de pipoca, a segunda poltrona, um momento fútil, útil... eram amigos. Ou ainda são amigos. E eu sinceramente nem sei mais se amigos são pra sempre. Talvez a prova se firme no nível de contato que mantenho com essas pessoas. No máximo, nossa limitadíssima e tendenciosa ação é puxar uma conversa formal, extremante formal. Ai a gente fica procurando meio de tornar o papo agradável, diferente, atrativo e até se arrisca em uma pesca de coisas do passado. É assim, a triste e sombria realidade.

E uma leve dor passeou no peito nessas últimas horas de Imperatriz. Logo pela manhã o Sérgio, que já deu as caras por aqui, desprendeu-se mais uma vez em me auxiliar numa pequena mudança. De prontidão, sem ao menos eu solicitar, Núbia já estava de prontidão e me adotou o dia todo com um belo de um banho, um delicioso almoço, uma soneca revigorante e um bom pedaço de tanque de combustível condicionando a resolução de minhas, digamos, tarefas a serem cumpridas. À noite, vagueando com os pés e com a mente por um recém inaugurado shopping, encontro de relance a Chádia, e depois de forma eufórica o Ricardo, que também se despede da turma e vai agora vaguear pelos caminhos de Direito. Foram momentos curtos, resumo de exatos 11 meses de convivência mútua, de compartilhamento de conhecimentos, de ajuda mútua, de entrega mútua, intenso mutualismo.

E a tal da dor no peito veio ao imaginar que o mesmo tipo de relacionamento que hoje tenho com antigos amigos, eu venha a ter com os que hoje me despeço. Eu sinceramente nunca havia antes parado pra refletir as coisas por esse ângulo. Mas me arrisco a afirmar que quero ir além disso. Só.

E fica o conceito no novo. E o novo, querendo ou não, sempre precederá o velho. As águas correm, é a vida, e ela sempre terá algo novo a nos ensinar, seja acompanhado de sorrisos, seja acompanhada de lágrimas.

Ps.: ah! e a frase do inicio do texto só entrou pq queria começar uma postagem com um palavrão. só.

21.6.11

DIÁLOGOS DE FIM DE PERÍODO

- E ai rapá?
- Fala ai?
- Quanto tú tirou na prova de Bioética?
- 6,7
- Xi!
- Mas vou requerer uma revisão de nota junto à coordenação

//

- E ai muier, com quanto tú ficou em Anatomia?
- 5,5
- Vixe maria, eu tbm!
- Pois vamo ali onde o professor pedir pra ele passar um trabalho

//

- Ei véi, e Histologia Aplicada? Passou?
- Rapá eu fiquei por 3 pontos.
- Pois moço, o professor tá benlí, conversa com ele.
- Onde? Vou lá agora!

//

- Ei ciasinha! Tú ficou mermo em Psicologia?
- Pornué muier!
- E ai? O que tú vai fazer agora?
- Muier, será se o professor vai tá desocupado no sábado depois das 23h?!

8.5.11

MÃE! QUE SOU EU?

Minha mãe não está por perto. Aliás, tem sido assim nos últimos 11 anos.

Neste domingo participei de uma programação na igreja em que congrego. E fiquei imaginando no turbilhão de sentimentos que permeia o ambiente entre filhos e mães; é mãe chorando e abraçando filho, é filho cantando aquela música antiga que a mãe colocava pra cantar quando ainda criança, são lágrimas de saudades, de emoção, de dor, sentimentos a flor da pele.

E eu...
Eu estava ali, sentado, quieto tentando remeter meu pensamento a um outro lugar, uma outra época; época de menino quem sabe. E tal época faz parte de uma ínfima e quase extinta lista de coisas que ainda me tocam a emoção, me deixam sensível; eu gosto de minha infância.

Confesso que nesses últimos 11 anos a temperatura de meu coração baixou, aqui dentro ficou algo frio. E isso fica notório quando chega essas datas de mãe, ou coisas do tipo. É triste admitir isso, mas é fato, é real.

Queria voltar a ser normal. Sendo bem específico, já faz anos em que tenho vontade de chorar de saudades de minha mãe no Dia das Mães. Houve anos em que não tive tal vontade, por motivos que nem sei. Só acho que seria uma atitude normal de minha parte, o choro. Aliás, nem sei se um dia fui alguém normal. Mas me lembro que já chorei, por duas ocasiões que não foi Dia das Mães, mas já chorei de saudades de minha mãe. Hoje, o máximo que faço é enviar um SMS meio que pessoal, meio que impessoal, ou então ligo como se fosse um dia qualquer e no final digo um “feliz Dia das Mães”. Algo pequeno, medíocre e, por que não, vergonhoso. Assim acho. Assim é: v-e-r-g-o-n-h-o-s-o.

E sabe meu maior medo nesse aspecto? é de que tudo aqui dentro congele, se petrifique, e ai será tarde demais. Pior é que uma reviravolta só depende de mim, ninguém mais. É a vida.

E então me perco em pensamentos que só o tempo me dirá se ficarão presos ou serão libertos deste túmulo empoeirado chamado coração.

20.4.11

TEXTO FINALISADO

Tenho um mal. Sabe aquele ditado, “dos males, o pior”?, pois é; no meu caso é o pior dos males. Tá! tô meio que exagerando.

Tá bom, exagerando muito.

Mas indo aos fatos, eu tenho o péssimo defeito de passar séculos até conseguir me relacionar com alguém o chamando pelo nome. Por esse péssimo motivo, quando alguém é apresentado a mim, meu piloto automático dispara: “ô fulano, num liga não se eu te perguntar teu nome pelos menos mais umas 15 vezes esta noite/tarde/manhã”. É daí pra pior. A não ser que o cidadão tenha um nome tipo, Gilliard... ai fica fácil fácil.

Mas tem uma turminha que é de lascar. Sabe aquele tipo de nome em que o professor, na hora da frequência e em pleno final de período, insiste em pronunciar errado, e o dono do título, ao invés de falar “presente”, responde: “Arialastííííííma”?. Detalhe 1: o professor teima em chamar Arialáástima (ah! Por favor, eu também o chamaria assim. Principalmente eu). Detalhe 2: o nome do bicho se escreve José Arihalasttyma, mas o troço faz questão de enterrar o José não sei por que motivo e colocar no mastro a Lástima, digo, o Arialastííma; talvez por que o José seja algo pronunciável. Vai entender!!!

E pra esse tipo de gente [e para os outros tipos normais (ex: Gilliard) também] eu tenho meus truques. É bem verdade que as vezes não adianta bufunfas nenhuma, porém, tem quebrado um galho. O truque é o seguinte (preparem-se que lá bem mer#$@?#): eu simplesmente chamo a pessoa (inicialmente comigo mesmo) pelo nome e sobrenome de alguém já conhecido por mim que tenha o mesmo nome. É bem verdade também que, em alguns casos, mesmo depois de eu criar um certo laço fraterno (ui!) com o ex-recém conhecido, eu o continuo chamando pelo nome e sobrenome do inicio da história.

Exemplificando (para a parte dos meus quase nenhum leitores que tem o processador vencido): se eu acabo de conhecer um Rafael da  vida, eu lembro que tenho um... sei lá... um primo chamado Rafael Lord (Não. Eu não tenho um primo com esse sobrenome). Então eu passo a chamar (em minha mente) o recém conhecido de Rafael Lord, e na maioria das vezes o passo a chamar assim pro resto da vida.

É....

É isso ai.

Tá bom, eu desaprendi como finalisa texto. Aliás, quem finaliza, finaliza com “Z” ou finalisa com “S”? Não. Eu não sei. Esqueceu que não sei mais finalisar?!

Ps.: Prometo que logo logo (piada infame) coloco na roda algo com mais sentido (outra piada infame).

26.1.11

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Como já previsto, este lixo mental ficou jogado as traças durante as férias, salvo algumas postagens relâmpagos. Mas as férias acabaram (pra minha tristeza e felicidade do Serjão) e tamo de vorta à tona. Então vamos começar do começo na prestação de contas.

Primeiro, eu não tô em São Luis como previsto, anunciado e alardeado. Por questões envolvendo nossa fé, Lisly ficou pouco mais de 20 dias na empresa que a havia levada à capital. E são nessas horas que os princípios sobrepõem o dinheiro ou qualquer coisa material, é assim que penso, é assim que pensamos. Sendo assim, como já adiantado num post anterior, permaneço em Itz até a segunda ordem.

Quanto ao casório, não teve festa. Aurica (pessoa que era muita mais que uma simples cunhada de Lisly) se foi de forma repentina e inesperada a cerca de uma semana antes da data marcada para a cerimonia. Não houve clima suficiente para qualquer tipo de comemoração ou festança. Mas aproveitamos o máximo a ocasião do contrato em cartório. Vai ai, de brinde, alguns momentos (mais no perfil do orkut).


Em seguida, rumamos à Fortaleza (Lisly precisava dessa viajem) pra curtirmos NOSSO momento do “enfim, a sóis”.
E em resumo, ficamos num hotel pra lá de Bagdá, com uma vista belíssima e perto de quase tudo.

Fizemos umas comprinhas básicas...

choveu uns dois dias seguidos... (ops!)
andamos de Buggy por praias desertas...

passeamos por labirintos de areias...
minutos antes a bateria da câmera descarregou...

desci do maior toboágua do mundo (um brinquedinho da altura de um prédio de 14 andares, onde você vai de zero a 101 km/h em menos de quatro segundos)...

e é claro que faturei uns adicionais noturnos com outras ocupações mais emocionantes.

Enfim, cinco dias foram poucos, de verdade.

Agora, hoje, a essa altura dos fatos, já sabemos onde vamos morar pelos próximos seis meses. O bairro continua o mesmo, a rua também, só mudou o número. Estamos na fase de compra da mobilia, e garanto, é um momento meio doloroso. Lisly não acha o mesmo.

No mais, aos poucos as coisas tendem a se normalizarem e a rotina logo logo será moldada. Se bem que pra certas ocasiões ela não será bem vinda, jamais; se é que me entendem.

11.1.11

CASÓRIO SEM FESTA

Casório tem, mas sem festa.
Motivo: tristeza pela perda de Auriane.
Explicação em breve!

3.1.11

FÉRIAS

Tô de férias, e por isso essa bagaça só terá alguma novidade se realmente acontecer uma novidade digna de alarde.
Resumindo: até o final do mês não perca tempo com isso, ou então vague pelas obscuras postagens antigas. Boa sorte! Você vai precisar.
.
Hasta la vista!!!