24.9.10

PARINDO A OCIOSIDADE

Chegou sexta à noite; lição da ES respondida, e agora? Fazer o que? Então tentei me lembrar de coisas que fazia quando não tinha nada pra fazer. Depois de muito bater cabeça, lembrei-me de um episódio esquecido. E também acabei de decidir (mesmo) que vou contar o causo de forma ilustrada, algo nunca antes na história deste país feito por este variante.
Foi há uns dois anos. Um povo de outra cidade veio visitar nossa cidade, então decidimos aproveitar o domingo pra sair da cidade (que coisa). O lugar era uma maravilha; com um córrego de água BEM gelada, um campo de futebol (não tão campo) e uma ótima sombra capaz de aflorar a mais infeliz das alegrias...

Mas lá pelas altas horas da tarde o negócio ficou ocioso. Depois de termos banhado, jogado um futebolzinho perna de pau, não restou alternativa que não fosse chupar os dois sacos de fibras de laranja (chupar as laranjas, no caso... ou saco se preferir) ao som de uma longa conversa sobre o melhor assunto do mundo: a vida dos outros. Mas depois de mais de uma hora de conversa, as laranjas acabaram e junto se foi o assunto.

Então, alguém (no caso, eu) teve uma grande sacada talvez nunca antes na história deste país (de novo)  tentada: como não utilizamos a velha senhora faca, e sim uma engenhoca que num faço a mínima como se dá o nome, o que transformou a casca em pequenos cordões...

...a ideia foi formar uma corda quilométrica de casca de laranja. Até que num foi difícil convencer o povo de que a ideia era possível se todos participassem. E o resultado foi mais ou menos isso.


O difícil mesmo foi convencer alguém de fazer o papel de idiota 2 (eu era o 1) pra medir o tal cordão se valendo do modo mais arcaico possível. E o segundo resultado foi isso.

E nem me pergunte quantos metros deu o troço. 
fim.

*todas a fotos são do referido local, tiradas por mim e veiculadas com a autorização mentira dos envolvidos.

18.9.10

RESPEITO

15.9.10

DUAS COBRAS?

Essa é a cobra

...e essa é a outra... digo, minha irmã

Não que as duas possam ser confundidas por ai, mas o episódio foi sinistro.
Estava eu fazendo hora extra na biblioteca já na casa das 19h quando o cel toca. Do outro lado da linha, meu pai, paciente como é (no sério), me deu a noticia de que minha irmã estava do lado de fora do residencial desde as 16h30. O motivo?  Uma inocente cobra dentro do banheiro. Não tinha como eu esboçar outra reação; eu ri pracabar só de imaginar a cena. E pra quem conhece a protagonista do fato sabe do exagerado estado escandaloso da peça. De imediato fui “correndo” pra casa e lá encontrei a dita mais calma, mas a face inchada e vermelha denunciou a dimensão do estado em que ela se encontrava.
Um compadecido vizinho tratou de matar a inocente cobra.
Mas ai me suscitou duas dúvidas: por onde ela entrou? Será se meu cafofo está essa odisseia toda? 

9.9.10

MEU CADERNO


Hoje faz exatamente 25 dias que meu caderno faleceu. Eu o deixei na sala de aula na manhã do dia 16 de agosto e ninguém simplesmente não o achou; nem monitor, nem zelador, nem aluno, muito menos os “homis amarelinhos” que no primeiro dia de aula nos disseram que resolveria todos os nossos problemas do tipo (doce ilusão).
Na verdade, enquanto meu caderno era vivo eu não tinha lá esse afeto pelo pobrezinho. Mas, por incrível que pareça, só bastou alguns dias de desaparecido para nosso laço de afetividade se estreitar de uma forma que jamais imaginei (que meloso). Não chegava a ter nele os Escritos do Mar Morto, na verdade algumas anotações de cerca de duas semanas de aula. Mas não sei por que motivo (acreditem) ele se tornou algo tão, mais tão tãozaum que... meu derdocéu... que aperto (ui!).
Eu não me lembro como era a capa dele, muito menos de quantas matérias era, quiçá quantas páginas, mas de uma coisa eu sei: eu quero meu caderno. Mas como sei que a essa altura do campeonato jamais o verei, eu decidir prestar uma singela homenagem através de uma poesia feita (acreditem de novo) por mim mesmo, eu sozinho. Então lá vai.

Eu tinha um caderno...

Ele tinha várias folhas
Algumas escritas e muitas em branco
Nem sei ao menos o que tinha nelas
Eu tinha um caderno.

Quando penso em sua capa
Nada me vem à memória
Mas que fique bem lembrado
Eu tinha um caderno.

Seu arame era duro
Ao contrário das folhas
E na contracapa não tinha escrito
“Eu tinha um caderno”.

Ele me custou R$ 6,00
Muito barato por sinal
Outro “assim” vai ser difícil
Eu quero meu caderno

Ps.: Quem encontrou ou por ventura venha encontrar favor procurar pelo Gilliard (só existe um lá) no bloco de Odonto