Aqui tem gente de todo jeito. Visita é que não falta, principalmente na hora do almoço ou do lanche. Mas todo mundo é bem vindo. Desde que bate bem os pés, limpe as sandálias no tapete (sem sujar, por favor) e não olhe a bagunça. Pode até falar mal da bagunça, por que aqui o que vale é sua opinião. Aliás, se todo mundo falasse talvez eu já estaria rico. Porque? Não sei.
Mas o fato é que gosto de visitas. Isso mesmo. Principalmente nos fins de semana. Sempre que sobra tempo eu tento ir à caça de alguém pra experimentar de minhas experiências no fogão. Geralmente faço ovo (mentira). Mas em contrapartida não me sinto a vontade quando percebo que a vista não está a vontade. Isso vale no barraco também. De que mesmo que tô falando?
Vamos falar das visitas que até aqui se sentiram bem avontade.
Tem, por exemplo visitas do tipo da Audian, que foi a primeira a opinar por aqui e disse que ainda hoje se assusta com minhas travessuras do passado, e que só tem um desejo: que meus filhotes não sejam ½ do que eu fui. Não entendi!
Tem do tipo da Késya que ainda hoje, assim como eu, espera uma dica de como ficar rico a curto prazo e sair do furo da liseira.
Tem do tipo do Preto que já acordou na cozinha boiando no colchão inflável. Foi um consolo e tanto pra quem apenas tinha que acordar no meio da noite e adivinhar onde seria a próxima goteira.
E o Luan que só apareceu uma vez e ainda pra reclamar do abandono do barraco?! Mas isso pode.
Tem como a Danilma também, que jura ser mais avançada nas comunicações do que a Lisly. Não entendeu? Eu sim.
Também como a Lozany que concorda que há coisas que acontecem naturalmente, principalmente as que não são forçadas.
A Carlinha só apareceu por aqui pra dizer que espera ansiosa a eternidade pra eu ter que aguentar ela. Ela tem motivo pra falar isso.
E tem do tipo da Sandra que tem mania de tirar conclusões não muito óbvias, como: “vc só poderia ser irmão do Preto mesmo”. Hãn?
Também não poderia esquecer esquecendo os que entram, reparam a bagunça, mas não dizem nada, não opinam, não comentam, não ficam a vontade.
