27.11.11

DOIS

Estava eu na Cemar tentando resolver uma pendência de um antigo inquilino do “meu” novo ap. Estava em período de aula, portanto, me trajava de branco. Foi então que fui surpreendido por uma velhinha que já me intrigava pela forma com me olhava enquanto andava pra lá e pra cá (impaciente mesmo. Tava em aula, pô) ou colhia algumas informações com um atendente. A velhinha me puxou pela camisa, e é claro que tomei um baita susto, me fez sentar á força na cadeira ao lado da dela e por cinco segundos me olhou no fundo dos olhos.

- Você sabe que ninguém é um, né?
- Hãn?
- É! Ninguém é um, todo mundo é dois.
- Como assim? (ainda com cara de “tá doida velha?”).
- Você é médico? Enfermeiro? (ela sugeriu outras profissões, menos dentista e muito menos estudante de dentista).
- Sou um futuro dentista; estudante de odonto.
- Eu tenho um neto, ele é estudante de medicina e ele é tú meu fi (sic).
- É? (eu já me acabando de rir).
- Eu estava te observando e você anda como ele, fala igualzinho a ele e, olha ai; senta igualzinho a ele (sentava de perna cruzada tipo bichona);

É claro que fiquei meio embaraçado e pra meu alívio ou não minha senha foi chamada. Perguntei apressadamente o nome dela (não lembro mais. Coisa típica minha) e fui com a velhinha na mente. Na verdade não sei bem se ela estava certa ou não, mas que a ideia me intrigou, ó se intrigou, na mesma proporção em que creio piamente que sou único, insubstituível e exclusivo, assim como cada ser. É, creio nisso, sem tirar a razão da velhinha que talvez nunca mais a veja.

18.11.11

ANIVERSÁRIO 2.0

Ontem teve aniversário. É, mais um. E meus dois leitores e meio sabem muito bem que meu não foi. O motivo já sabem AQUI.

Ontem, essa bagunça, que por hora anda largada, abandonada e outros adjetivos bem mais desqualificantes condizentes com a situação, fez 2 anos de desasossego. Mas enfim.

No dia 17 de novembro de 2009 publiquei a primeira postagem. E para efeito de curiosidade, o título dela deu o nome ao blog. E para efeito de lembrança (ou lambança mermo) ai vai a dita na íntegra:

Sempre achei interessante um blog, na mesma intensidade da minha preguiça em escrever.

Mas, definitivamente (ou não) eu tô aqui.

Eu pensei: já que tá todo mundo migrando pro twitter, então chegou a minha vez.

Não sei se um dia alguém vai ler esse lixo mental. Talvez não seja esse o principal objetivo.


Só quero dar uma cara aos meus pensamentos, às minhas VARIAÇÕES.

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Pois é, como deu pra ver muita coisa mudou ou não.

E como no primeiro ano, a cara do bicho mudou também. Agora ele tem uma aparência mais “Restart”, como definiu bem um cara aqui (que nunca o vi na vida) em que pedi sua maldita opinião sobre o novo layout. Mas isso não vem ao caso. A nova cara tá ai, e claro que vai demorar um pouco pra acostumar, mas uma hora entra. Outra novidade é uma caixa de pesquisa no canto direito superior; nela você pode procurar qualquer postagem que lhe interesse, é só digitar uma palavra a qual acha ou ao menos desconfia que há na postagem de interesse e pronto, tá lá.

Um fato curioso, é que no primeiro ano o número de visitas chegou a exatos 1.001. De lá pra cá elas já somam mais de 3.300.

No mais, a coisa tende a continuar andando, as vezes a passos de tartarugas, outras a passos de lebre.

18.10.11

NOVE MESES DEPOIS

Nove meses durou o casório do Alexandre Pato e Sthefany Brito; nove meses foi o tempo em que durou a última trégua do grupo terrorista ETA; nove meses durou o Nike Shox do... de um cara que reclamou no site “reclame aqui”; nove meses dá pra doar um peixinho e receber um papa leite, se é que me entendem. Bem, enfim, nove meses dá pra fazer muuuita coisa.
No último dia 14 fez nove meses que Lisly me suporta, me manda, me obedece, me faz rir, me faz raiva, me satisfaz, me completa, é amada. E nesses nove meses deu pra ver, ouvir, pensar, falar, fazer e refletir em muita, mas muita coisa. E ao menos três conclusões eu tirei:

Em nove meses deu pra ratificar muita coisa que eu já sabia; aprender coisas que não fazia ideia e confirmar outras tantas em que eu apenas desconfiava.

Uma coisa que eu já sabia era que mulher é um bicho sensível, que quanto mais forte aparenta ser, mais frágil é. E vice-versa. Isso eu já sabia, e como sabia!

A gente descobre também que, pra mulher, os pequenos detalhes valem muito em quase tudo. E esse negócio de “pequenos detalhes” pra quem tem pelo na cara é o troço um tanto quanto MUITO COMPLICADO. E isso eu não fazia ideia do quanto.

A gente confirma, por exemplo, que vida de casal é de fato meia que doida. No sério! É um negócio que tem que ser levado a sério, mas nem tanto assim. É difícil pra eu explicar e pra você entender. Só sei que era algo que eu já desconfiava.

Nas primeiras três horas do dia 14 a gente ficou relembrando de muita coisa desses últimos nove meses. De como foi nosso primeiro sábado (casamos numa sexta), nosso primeiro domingo, nossa primeira segunda; e na segunda ficamos por alguns minutos de risadas. Acho muito pouco provável que alguém teve a primeira segunda-feira de casado igual a nossa; acordamos 3h da madruga e rumamos pra nossa lua-de-mel. MENTIRA, rumamos pra fila do seguro desemprego. É inevitável não rir, mas passar cerca de 10 horas numa fila é no mínimo inusitado pra dois recém-casados. Hoje, a gente analisando a situação toda, aquilo foi um filhotinho perto das 799 aventuras pra lá de Bagdá que passamos. E pensar que aproveitamos e tiramos de letra cada uma delas, nove meses não passa da simples ponta do iceberg. E isso é bom ou ruim.

Mas já dizia o Lairto e seus teclados: "Com essa muier eu vou até pra guerra! Sim vou!"


14.10.11

DO OUTRO LADO DA LINHA


O pastor telefonou para uma família que havia recentemente visitado sua igreja, e do outro lado da linha atendeu uma voz infantil. O menino falava baixinho e se identificou como Tiago.
O pastor pediu para falar com a mãe do menino. Ele respondeu que ela estava ocupada.
Ok, posso então falar com seu pai? – o pastor perguntou.
Ele também está ocupado!
Tiago, há outras pessoas em sua casa?
A polícia!
Posso falar com um dos oficiais da polícia?
Eles estão ocupados.
Quem mais está aí?
Os bombeiros!
Poderia me chamar um deles ao telefone? – O pastor já estava preocupado.
Eles estão todos ocupados!
Tiago! O que eles estão fazendo?
Eles estão me procurando!
Adaptado da do exemplar 2011 das Meditações diárias

11.10.11

O PREÇO DA PROPINA


Durante o ensaio, o noivo puxa o pastor de lado e lhe faz uma oferta: 
- Vou lhe dar 100 reais pro senhor mudar os votos matrimoniais. Quando o senhor for falar os votos para mim, gostaria que deixasse de fora a parte que diz ‘promete amar, honrar e proteger…’.
E então entregou os 100 reais ao pastor.
No dia do casamento, noivo e noiva estavam no altar diante da igreja, e na hora dos votos, o pastor olhou para o noivo e disse: 
- Promete obedecer à sua esposa em cada um dos seus pedidos? Promete levar o desjejum na cama cada manhã de sua vida? Promete que amará eternamente sua esposa e não olhará para nenhuma outra mulher enquanto ambos viverem?
O noivo engoliu em seco e com voz titubeante disse: 
- Sim.
Depois da cerimônia, foi direto reclamar com o pastor e perguntou o que tinha acontecido. 
- Pensei que tivéssemos feito um trato!
O pastor devolveu a nota de 100 e disse: 
- A oferta da sua noiva foi melhor.

Adaptado da do exemplar 2011 das Meditações diárias

7.10.11

A TENTAÇÃO


Começa hoje (ou da postagem anterior. Já não sei mais) uma série de 4 ou 5 postagens sérias. É isso mesmo, isso aqui merece umas prosas sérias. Afinal, é... tá bom, ler ai.
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Um cidadão de negócios com excesso de peso decidiu que tava na hora de perder uns bons quilos. Levava a sério a tal dieta, chegando mesmo a mudar de rota para evitar a doceria favorita. Certa manhã, porém, ele apareceu no trabalho com um bolo gigante de chocolate. Os colegas de escritório começaram a zombar dele, mas ele permanecia impassível com seu sorriso. 
- Este é um bolo especial, disse. 
O cidadão foi então explicar o tal "bolo especial".
- Acidentalmente, tive que passar em frente à doceria nesta manhã e ali, na vitrine, havia grande quantidade de bolos. Senti que não era tão acidental assim, e orei: ‘Senhor, se é de Tua vontade que eu compre um destes bolos de chocolate, que haja um lugar para estacionar em frente da porta da doceria’. Depois de oito voltas na quadra, apareceu o lugar.
A tentação vem. Não importa se é um pedaço de bolo, ou alguma coisa que você não deve ter, algo que você não deve fazer, ou um lugar aonde não deve ir.
Adaptado da do exemplar 2011 das Meditações diárias

30.9.11

COMO UMA LADRA GRÁVIDA

Dando uma fuçada na rede encontrei o blog do Luiz Cláudio, um dos pioneiros da música adventista (grupo religioso a qual faço parte). O cara tem  muitas histórias pra lá de boas, sempre terminando em uma lição de moral boa. Mas ai encontrei esta postagem que me fez rachar de rir, e nem pensei duas vezes em colocá-la na roda.

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Já escurecendo esperava meu ônibus. Os policias que faziam ronda não estavam naquele momento. Me afastei um pouco para ficar perto de uma mulher. Mulher grávida. Foi ela mesma. Encostou-se a mim por traz com uma navalha, um canivete. E disse:

- Se você se mexer faço picadinho do seu fígado.
Abri e revirei o interior de minha sacola conforme ela pediu. Enquanto ela olhava se tinha alguma coisa que a interessava, de repente ela viu o Jaleco do Hospital e perguntou:
-Você trabalha mesmo naquele hospital?
-Sim, há muitos anos.
-Vou fazer meu parto lá.
-Então você vai cair em minhas mãos.
-Então não vou te assaltar.
-Acho bom.

Entrei no primeiro ônibus que passou. Ali dentro em segurança comentava com um passageiro que será assim: Como uma ladra. Uma ladra grávida ninguem espera. A volta de Jesus vem de surpresa.

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I Tes. 5:2

23.9.11

COISAS QUE DEVERIAM ENTRAR NA RODA

Mas não entraram por motivos não óbvios e muito menos explicáveis, justificáveis ou outra prosa que dê no mesmo. Mas que deveriam sim entrar na roda. Então, pra ser justo (pq?) com meus cinco leitores e meio, ai vai um release:

  • Perdi minha aliança três meses depois de casado em uma partida de futsal. E como sempre questiona Lisly: “Mas futsal não se joga com os pés?” Pois é, coisas do futsal;
  • Em um único final de semana pra lá de inusitado, o pneu traseiro de nossa “bicicleta” furou quatro vezes. Sempre convencidos da piada de borracheiro: “Esse aqui eu dou garantia!” Um jogo novo resolveu;
  • Desde que casamos moramos dois meses e meio sozinhos. Motivo? nos primeiros seis meses minha irmã mala morou com a gente. Fugimos dela pra +ou-600km de distância. A brincadeira durou apenas dois meses e meio. Agora é minha cunhada que marca ponto em nosso lar. #lidamosmuitobemcomisso! acredite;
  • Dia 29 de agosto minha mana caçula fez é... bem... ...peraí, é... fez aniversário ou completou ano mesmo. Ela é coisa rara por aqui e bem que merecia uma postagem exclusiva só dela (han?). Vou analisar esse projeto;
  • Dia 4 de setembro foi a vez do Preto, que fez ele vai me processar por isso 27 anos e, apesar de dar as caras por essas bandas hora ou outra, também merecia exclusividade por sua representatividade em minha ex perambulante vida.

No mais, continuo um estudante, casado, careca e (na opinião de Lisly) o cara mais bonito da capitar de bendaqui.

13.9.11

A MELHOR PARTE DO MILHO

Pra quem gosta de milho, e cozido, sabe muito bem do que estou falando; você escolhe o milho de sua preferencia (mais verdinho, mais duro, mais...) e começa a saboreá-lo achando ser ele a coisa mais gostosa do momento. Mas quando os grãos acabam você se dar conta de que, ai sim, vai começar a melhor parte do milho; o sabugo. Aquele caldinho, salgadinho, extremamente suculento... ui! Por que isso? 

Em plena noite de sábado na Beira Rio com Lisly fiquei eu a pensar na conjuntura e em outras tantas, por que a melhor parte do milho é o sabugo? Talvez pelo simples fato de ser o sabugo a melhor parte do milho. E talvez, por isso, esse fenômeno explique outros tantos.

Você come a manga, mas quando chega no caroço o deixa branquinho de tanto roer... por que a melhor parte do milho é o sabugo;

Quando o bendito cabresto da “japonesa” quebra e sua mãe insiste em colocar um maldito arame prorrogando o inevitável, e então você passa a andar com mais cautela e tensão... por que a melhor parte do milho é o sabugo;

Ai você chupa a laranja em um minuto, mas se perde em 10 comendo o bagaço, tudo por que a melhor parte do milho é o sabugo;

E aquela sua camisa que você ganhou no aniversário de 15 anos, hoje a pura cecê na sovaqueira, mas seu corpinho de 28 insiste em ser encapada pela dita 3 vezes por semana, no mínimo... por que a melhor parte da milho é o sabugo;

E nas noites de frio, você poderia muito bem usar um de seus 799 lençóis em estado aceitável, ao invés de insistir naquele faraônico lençol cheio de buraco feito pelos seus pés, tudo por que a melhor parte do milho é o sabugo;

E, claro, você doce mulher, insistindo naquele cafajeste, chifreiro, safado e mentiroso quando poderia simplesmente ir à panela e comprar um outro milho quentinho da hora a uma bagatela de R$1,50.

... o que vale pra você, cabra sério e trabalhador que insiste na melhor parte do milho.

11.9.11

PERSEGUIÇÃO

31.8.11

SUBINDO NA VIDA... DE ESCADA

E se mudei de cidade, óbvio que tive que rumar pra outra IES. Essa é bem maior que a outra em todos os aspectos, é verdade, inclusive na burocracia. E como não poderia ser diferente, até a gente conhecer bem um novo ambiente, algumas, digamos, escadas aparecem pelo caminho.

Mas antes, é bom lembrar que moro em um condomínio até tranquilo, numa área mais pra nobre do que pro oposto (sim, sou um peixe fora do olho d’água). A única desvantagem é que moro do 3º andar, e por Lei o condomínio só é obrigado colocar elevador se o número de andares passar disso. Logo, me desdobro com  50 degraus no MÍNIMO quatro vezes por dia. No MÍNIMO!! Doce amargo exercício escada a cima, doce amargo exercício escada a baixo. Consolo mesmo só aos fim de semana; na igreja em que congrego a bichinha não passa de 30 degraus. É mole?!

Pois bem! Já sabia que a IES a qual faria parte tinha uns cinco andares (na verdade são seis). E fiquei super infeliz ao saber que minha sala seria no último andar. E maior infelicidade me dominou quando contei o número de degraus e conclui que meu AP é fichinha perto da situação. Mas olha só que surpresa agradável foi saber que o problema seria totalmente banido com os elevadores. Se bem que estranhei a plaquinha dizendo: “capacidade máxima de 3 pessoas”.

Então vamo lá.
Primeiro dia de uso: Gilliard sobe de escada, faz o que tem que fazer, aperta o botãozinho, o elevador chega, “térreo, por favor”, o bicho desce e saio saltitante.

Segundo dia de uso: Gilliard sobe de novo de escada, faz o que tem que fazer, aperta o botãozinho, o elevador chega, “térreo, por favor”, o bicho desce e saio saltitante.

Terceiro dia de uso: Gilliard sobe de escada (depois fiquei indagando o por que usava o elevador só pra descer), faz o que tem que fazer, aperta o botãozinho, o elevador chega, “térreo, por favor”...

- ...ééé (o senhorzinho baixinho do elevador me olha dos pés a cabeça) você é estudante, não é?
- sim, sou! (com ar de tudo pode)
- você tem autorização pra usar o elevador?
- como assim?
- você precisa ter autorização. Só os funcionários podem fazer uso dele.

Olhei o senhorzinho baixinho que sempre atendia o meu “térreo, por favor” com toda boa vontade do mundo, fiz uma cara de pateta...

- ah é?! Não sabia.
- sei.

Então me dei conta de que a escada vai ser minha sina o ano todo.
Escada pra que? Pra descer, pra subir, pra morrer MUITO!!

4.8.11

A INVOLUÇÃO DA ESPÉCIE

É, mudei o visual. Resolvi fazer isso depois de algumas tardes de muita ociosidade nessas férias. 


Pensei: “pô! Eu fui, vim, retornei, voltei... mudei e nesses 10 anos de perambulação minha cabeleira permaneceu ali, imponente, na mesmice, ela no máximo se desavolumava, porém, pra dias depois voltar a volumança toda. Quer saber, minha cabeleira merece sim esse gostinho!”. 

E foi ai que tomei a decisão. Eu não sei se tenho razão ou não, se ficou maneiro ou não, se ficou sei lá... cabelo.

É, mas no intervalo deste parágrafo pro anterior eu fui dar uma fuçada nos meus arquivos e pensando bem, essa cabecinha já teve sim algumas sortidas paisagens por cima da coitada. E acabei encontrando isso ai, uma verdadeira degradação do espaço aéreo:

Essa é do tempo das madrugadas de redação
Essa eu num sei
 E essa... próxima.
 Sim, tô limpando o salão... ou não.
Esse foi o penteado escolhido pra laçada
E chegamos aqui

E pela cara da dotôra (sic) é fácil adivinhar o que ela achou dessa façanha.

É... algumas coisas evoluem. Outras não, ficam na tentativa.


Ps.: mais fotos no Facebook