23.2.10

PRINCÍPIOS


Parece que, sei lá, tem dia que a gente tá mais crente e dia que a gente tá menos crente. E isso é muito mau. Ou você é ou não é. Pra falar a verdade, eu ainda não descobrir o por que disso no âmbito racional das coisas. Mas transcedentalmente falando eu acho que a tal relação com o mundo, a batalha interna que ocorre dentro da gente 24hs por dia tem muito a ver com isso. A todo momento a gente tem que decidir por uma coisa ou outra; levanto de vez ou enrolo mais um pouco na cama? vou com essa ou aquela roupa? Dou ou não bom dia pro segurança da guarita? Pago hoje ou deixo pra depois? Acho que essas pequenas decisões, mesmo sendo algumas involuntárias, definem essa louca vARiaÇÃo de atos.
Certa feita eu vi um pastor contar uma experiência e lembrei que uma vez meu pai tentou me dizer isso, não com essas palavras; regras hoje, princípios amanhã. E é exatamente isso que acontece e talvez seja esse o segredo das coisas. Meu pai sempre proibiu a gente (eu e mais três irmãos (a)) de assistir novela, desenhos animados, filmes, ir a festas e outras coisas mais. Eram regras que a gente achava o maior tédio. Mas isso hoje são princípios pra mim. É bem verdade que gosto de um bom filme, mas até o meu gosto por um determinado seguimento cinematográfico teve a influência das regras do passado. E, claro, tem mais um tantão de coisas que não as considero mais, porém é de forma equilibrada.

O moral da história é que a gente precisa se regrar, se ditar a todo o momento, estabelecer nossas próprias normas e não deixar as coisas irem pra onde o vento quiser levar. E é sempre bom se as regras escolhidas nos levarem a uma consciência limpa no final do dia. Tem coisas que a gente não quer fazer, acha um tédio, uma perca de tempo, mas talvez serão essas coisinhas que nos levarão à uma freqüência constante, segura.

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