11.2.10

CARNAVAL


Abadás, confetes, cornetas, cerveja, fantasia...
Terminantemente, é Carnaval.

Barraca, crachás, protetor solar, capa de chuva, água mineral...
Terminantemente, é carnaval.

Para a maioria a descrição número 1 se encaixa perfeitamente, afinal, quem vai dá uma de Mané e não sair pra curtir o carnaval na Avenida?
Poizé, pois o Mané aqui vai pro mato. Aliás, só retificando: tudo menos mané.
Eu realmente não me lembro de ter passado um Carnaval perto da folia. Como cresci em um lar cristão, o Retiro de Carnaval era indispensável, inadiável, obrigatório. Não ir ao retiro (acampamento, na verdade) era como o Natal sem presentes, Páscoa sem o ovos, aniversário sem bolo...
Quando entrava na semana que antecedia o acampamento a ansiedade era tanta que em uma dessas eu não contive, chamei a turma, a gente montou nas bikes e lá se fumos. Isso uns três dias antes, pra sobreviver a base de biscoito, sardinha e peixe que a gente muito ia pegar. Mas que nada; nada de peixe, nada de passarinho morto, nada de noite sem muita chuva.
Se arrependimento matasse eu com certeza teria ganho umas sete vidas extras. Pra mim aquilo foi o máximo das aventuras; acampar durante três dias, ver a comida acabar e no último ter que dividir o último pacote de biscoito cream craker com pelo menos sete bocas. Aquilo foi a aventura das aventuras, a Pandora de Jake. Sem contar que um filho de Deus teve a bendita idéia de aproveitar as 779 goteiras do barracão para sempre dá uma molhadinha no biscoito antes de comer. E é claro que todo mundo gostou da idéia.

Então. Nesse Carnaval eu muito quero ir acampar, não três dias antes com um bando de doidos, logo por que a essa altura das datas, só faltam 24h para a saída oficial e acho que já não se fabricam mais doidos como antigamente. Na verdade eu paguei minha inscrição, lavei a roupa (isso mesmo), comprei até um protetor,  mas não sei se vou. Questões trabalhistas. Entende né?!
O fato que estou tremendamente ansioso e com uma vontade enorme de jogar tudo no poço e sair sem dá satisfações a zé ninga. E lá me vou.
Depois ponho na mesa os restos mortais pra quem quiser degustar.

Mas como eu amo cada leitor – na caso eu, o único o leitor – vou deixar um presente pra quem tem certeza que vai passar o carnaval na avenida, já comprou o abadá, mas não tem a mínima esperança que vai se dá bem. Se é que me entendem.


... ou coma com farinha e cerveja.
Para os demais, boa diversão e muito juízo.

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